EXÍLIO
Ter ou não ter pátria por nascimento,
Perdida no silêncio, por prenuncia,
Dessa pátria que foi, o seu lamento,
Nas vozes que se elevam na renúncia.
Num querer sentir e ouvir aquele auxílio,
Com irmãos de alma e sangue separados,
Dos avós, ouve-se a voz nesse exílio,
Onde seus corpos ficaram enterrados.
Ouve-se a voz do mar no pensamento
Duma lei sem ter sua autoridade,
Esquecido ficou o sentimento.
Que medo atroz, a triste alma atormenta,
Negar o ser, ferir a mocidade,
Nesse próprio ódio que a alma se alimenta.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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