DESTINO
Na cela da vida onde me prendo e desnudo,
Amo a inerte pedra e todo esse intenso luar,
Assim como a salgada água do imenso mar,
E todos os cristais que afagam esse grito mudo.
Amo os sonhos exaustos dessa madrugada,
No infinito silêncio da sua presença,
Que sentem mas não falam da sua sentença,
Desse grande mistério da sina traçada.
Tendo passado em vão, toda essa mocidade,
Por entre os soluços de um tempo sempre eterno,
Como eterno foi todo aquele amor materno.
Leva consigo o doce cantar de saudade,
Com esse querer bem a tudo e a toda a gente,
Afaga o destino que a sua alma consente.
Carlos Cebolo
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