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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

 


HUMANIDADE DO MUNDO

 

Se pudesse mudar, mudava o mundo.

O pedir de desculpas ser constante,

O amor sentido fosse mais profundo,

E toda a alegria menos inconstante.

 

Gostava de não ver alguém chorar,

Fosse plena toda essa liberdade,

Nesse querer amar, só por amar,

Sem brigas, sem ódios, com igualdade.

 

Num mundo onde todos fossem felizes,

Onde a mutua ajuda fosse consciente,

E não houvesse críticas nem juízes.

 

Onde o sonhar fizesse parte do mundo,

Sem dono, sem senhor e sem regente,

Com sentido de amor muito profundo.

 

Carlos Cebolo

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terça-feira, 10 de novembro de 2020

 


PALAVRAS

 

Palavras,

Apenas palavras,

Palavras soltas

Que nos beijam,

Palavras que rastejam

No encanto da esperança.

 

Arco-íris de emoções,

Cores vivas no contraste

De outras sem ter cor.

 

Palavras que nos tocam

Como se tivessem mãos,

Com o carinho das sensações

No campo da saudade.

 

Palavras viajantes

Que transportam a dor

No silêncio dos amantes,

Naquela esperança louca

Onde se guarda o desgosto

E o moribundo desejo.

 

Palavras que nos deu gozo

Na clareza dos sentimentos,

Palavras doces e saborosas

Que tocam os corações

Nas paixões desesperadas.

 

Palavras fortes que magoam,

Que matam a saudade

Na formada decepção

Onde se prende a liberdade.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 


MEDO

 

Canta-se o amor sempre no improviso

E o medo cantamos a toda a hora.

Canta-se a tristeza que não vai embora

Canta-se a alegria que nos torva o juízo.

 

Sente-se medo de tudo que se apresenta,

Medo do que é grande, medo da solidão,

Sente-se medo de tentar e medo da tentação,

Sente-se medo do amor que se ausenta.

 

Sente-se medo dessa morte prematura,

Morremos de medo da simples negação,

Temos medo da tristeza e da escuridão,

Medo do desconhecido e da aventura.

 

Carlos Cebolo

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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

 


O INSTANTE DAS SENSAÇÕES

 

Cantam os corações puros

A imunda pureza do Ser,

Traçam linhas soltas rabiscadas

E dos seus sentires desgastados,

Os momentos tristes e escuros,

São guardados no entardecer.

Canta a poesia as vidas adiadas

E os segredos deixam de ser guardados

E tudo o que sentem de tristeza ou alegria,

Com coragem, ousam chamar de poesia.

 

Ser desesperado sem o ser,

Fingir sofrer a dor que não tiveram,

Escrevem palavras saídas do instante.

Dizem amar como ninguém ama,

São amantes na diversa realidade

E perante o mundo, não deixam de sofrer.

O desassossego da alma, promovem e cantam

Em louvor a um amor tão distante,

Com revoltas sentidas na própria cama

Onde procuram pela perdida mocidade.

 

Na procura do amor sem mistério e virtude,

Sonham aventuras de grande liberdade,

E os próprios sonhos não deixam de voar,

Tornando a noite ainda mais silenciosa

Sentindo o prazer doutras sensações.

Cantam a vida que ao próprio mundo ilude,

Desatam as amarras dessa ansiedade

E como gaivotas errantes no triste rodopiar,

Nasce o poeta com sua escrita graciosa,

Incendiando de amor os tristes corações.

 

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

 


O FEMININO

 

Só quem sabe o pode dizer,

Mas ninguém sabe de tudo,

O sol respira calor ao entardecer

Fornece energia a este mundo.

 

A luz da tua pele te ilumina

No outono da vida que conduz

E toda esta vida se destina,

Ao amor que aos poucos nos seduz.

 

A terra é mulher na noite pura,

Terramotos, secas e inundações,

A evolução da vida que se procura,

No toque um mundo de sensações.

 

E neste contraste da realidade,

O cheiro do pão recém-cozido

Que em ti me lembra a mocidade,

Louvo-a por dela eu ter nascido.

 

Todo o feminino tem o seu valor,

Com seus seios alimenta o menino,

Assim como o sol, produz seu calor

Toda a fêmea será um Ser divino.

 

Carlos Cebolo

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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

 


SONHOS SÃO DESEJOS

 

Meu sonho de folha ondulante ao vento,

Ao vento da noite que gira e canta

Os sons tristes que afagam o pensamento,

Colhendo esse teu sorriso que encanta.

 

Esse sonho que me faz transpirar,

Em delírios dessas noites inconstantes,

Os teus lábios voltarei a beijar

E já nada ficará como dantes.

 

Minha alma se conforma com o sonhar,

Colhendo em ti, lembranças não vividas,

Mas nos meus sonhos, veio para ficar.

 

Na noite se procura essa aventura,

As sensações que já foram perdidas

Que no seu íntimo o sonho procura.

 

Carlos Cebolo

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terça-feira, 3 de novembro de 2020

 


ESPELHO MÁGICO

 

Preparou-se com traços de Cinderela,

Para o baile que apenas imaginava

E ao espelho sentiu-se muito mais bela,

No seu pescoço o colar que a iluminava.

 

No salão de tão bela imaginação,

Deu passos de dança que nunca dançou,

Abraçou o príncipe do seu coração,

No final da noite, o amor com que sonhou.

 

Levemente sorria para a imagem,

Que o seu espelho mágico lhe refletia,

Enchendo-a de outra vida e de coragem.

 

Pérolas rolaram do seu rosto pintado,

Quando sentiu que sozinha se sentia

E aquele sonho deixou de ser desejado.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

 


ASAS SOLTAS

 

Quando deslisa aquele olhar macio,

Encanta com beleza natural,

Essa mulher que a própria noite vela.

Primaveril de encanto sem igual,

Que alimenta a beleza como vício,

Em lágrimas soltas na noite bela.

 

Rubros sinais do seu olhar ausente,

Naquela solidão de enredo triste,

Ébria de paixão que a noite produz,

Elevando o sonho que a alma consente

E que o próprio corpo a ele resiste,

Em toda essa aventura que a seduz.

 

Criou eco o toque de sedução,

Solta a amarra que prende essa ansiedade,

Lança o seu encanto de ave ferida.

Desnuda seu corpo na sensação,

Deixando-se ir colhendo a liberdade,

Asas soltas na sua despedida.

 

Carlos Cebolo

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

 


OUTONO PRIMAVERIL

 

O outono verga a haste ressequida,

O teu olhar verte gotas de mar,

Todo o infinito desaparece

No sentir dessa vida perdida.

Rubros sinais do teu peito a arfar,

No querer acreditar na prece

Que alimenta essas horas perdidas,

Sentidas antes das despedidas.

 

As ondas de um mar desordenado,

Assim sentido nesse teu crer,

Talha um caminho que endoidece

Todo esse sonho desajeitado

Que te perturba no amanhecer,

Sem a esperança que desaparece

Nas asas de um sonho já desfeito,

Deixando esse teu mundo imperfeito.

 

Colhes assim, a ânsia da aventura,

Caminhos estreitos da ansiedade,

Que alimenta todo esse desejo,

Com o vigor que o corpo procura.

Nesse reviver da mocidade,

Recorda todo o sabor de um beijo

Que o seu íntimo deixou de sentir,

Mas que aos poucos voltou a emergir.

 

Carlos Cebolo

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

 


SILÊNCIOS

 

Muitas vezes não se entende o silêncio,

Essa dor ausente que não nos toca,

A manhã de sol que já nasce morta,

A Lágrima rolante como prenúncio.

 

A agitação da noite acidentada,

Esse olhar melancólico de dor,

Que perturba todo o ato de amor,

Sentir triste da dor anunciada.

 

Muitas vezes não se entende o silêncio,

Riso forçado e um furtivo olhar,

Um gesto, a vontade de gritar,

O chamar de atenção para o suplício.

 

Carlos Cebolo

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

 


CASTELOS DE SONHOS

 

Constrói-se castelos de sonhos,

Brilha a noite com o seu luar,

E os sonhos se tornam medonhos,

Tristes como este meu sonhar.

Pudesse eu ser a cheia lua,

Ou o teu dia na noite crua.

 

Voa a gaivota no seu giro,

Na luta diária do festim,

Vindo do mar ouve-se o suspiro,

Esse chamar que chega a mim.

Fosse eu dono do teu desejo,

Nos teus lábios poisava um beijo.

 

Horas que o crepúsculo acentua,

Nas noites frias do inverno,

Com essa esperança que é só tua,

Colhes da noite o seu veneno.

Por querer ser só teu amigo,

Nas noites não estarei contigo.

 

Da noite fica a incerteza,

Essa beleza que me atormenta,

Tem a mulher toda essa beleza,

Nessa solidão que se ausenta.

Fosse eu a tua calmaria,

Nas tuas noites de magia.

 

Carlos Cebolo

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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

 


HORAS INFINITAS

 

Era a hora do sobressalto, a hora do desejo

Que queima como a lavra de um vulcão

E tu, estavas longe de mim.

A ansiedade de quem quer algo que não aparece,

Tomou conta da noite e a noite não teve fim,

Caminhando sem parar pelas horas infinitas.

 

Minha alma alada continua ferida e arrefece

Na turva embriaguez de um amor distante,

Na lembrança do que já existiu, mas não vejo

E me deixa assim tão avaro dessa paixão.

 

Quebra-se o infinito no esquecimento,

Nesse retroceder que a própria alma conjura,

Naquele breve momento que sente o desejo,

Na loucura insatisfeita que domina o pensamento.

 

Avança a noite nessa triste conjuntura,

Formando atalhos que me fazem sentir o teu beijo,

Quando ele apenas existe na imaginação

E no novo dia, ao surgir da aurora, sente-se a solidão.

 

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

 


EMOÇÕES DO MEU SONHAR

 

Entro no mar revolto das minhas emoções,

Procurando os búzios do teu corpo cobiçado,

Beijando a flor profunda do desejo guardado,

Por entre os segredos fechados nas confissões.

 

No conflito da minha voz, oiço o teu pedido,

Esse grito de alerta que não se faz ouvir,

Mas que vai tocando levemente esse sentir.

Como os breves momentos de um amor tão ferido.

 

No pensamento, colho a flor desse amanhecer,

Tua imagem, teu rosto, vislumbro com ternura

E em mim, a sensação de te não merecer.

 

Afago os teus seios em desejos delirantes

E nestes meus sonhos carregados de aventura,

Procuro sentir na realidade, esses instantes.

 

Carlos Cebolo

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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 


À BEIRA DO ABISMO

 

À beira do abismo estarei contigo,

No salto serei sempre contido,

Pois o próprio abismo sou eu.

És tempestade, relâmpago incandescente,

És crente inconsciente e sou ateu,

Um sonho numa noite de tormenta,

Meu pesadelo na calmaria e és gente.

És tudo num todo que é meu,

És o desígnio marcado que me atormenta

Aquela felicidade que se perdeu.

No teu caminho sou um proscrito,

A angústia sentida na aventura,

És tudo aquilo em que não acredito,

Verbo esquecido na aventura.

 

À beira do abismo estarei contigo,

Na tristeza sentida na desventura,

Pois a desventura mora contigo.

És noite sem luar, onde a agonia nasceu,

Na lembrança és lamento obstinado,

És presépio triste sem a estrela do céu,

És sem abrigo de um mal abandonado.

No amor, és náufrago na embriaguez,

Sem rumo de uma triste realidade,

Onde o destino não marcou a sua vez

E a vida deixou fugir a mocidade.

No sossego da noite, és o caminho por onde andei

E na hora do crepúsculo, és o meu horizonte,

A ponte do abismo com que sempre sonhei.

 

Carlos Cebolo

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terça-feira, 20 de outubro de 2020

 


AS NOITES TRAZEM LEMBRANÇAS

 

Tudo pode ser escrito,

Focando alegria, tristeza ou saudade,

O pensamento é livre no seu rodopiar

E os ventos noturnos nem sempre são tempestade,

Nem todo o amor tem um lado proscrito

E a saudade, sempre veio para ficar.

 

As noites trazem lembranças de tudo,

Teu corpo de mulher que colho entre vendavais,

Transporta amor que intensifica o desejo

E essa realidade de sermos apenas mortais,

Mostra a ansiedade quando te desnudo

Em pensamento e poiso nos teus lábios o meu beijo.

 

Na noite, é imensa a sentida paixão,

A poesia se liberta, como se liberta o pensamento

E pelo limbo, minha alma voa ao encontro da tua

Em liberdade, sem escolher qualquer momento,

Transportando com ela os sentires da emoção

E o encanto dos amantes ao abrigo ao som da lua.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

 


FASCÍNIO PELO MAR

A ver o mar, destrava-me a fantasia,

No horizonte, ele estende-se até ao céu

E todos os gritos se enterram na solidão,

Daquela profundeza sem fim à vista.

As velas brancas das caravelas na crista das ondas,

Se desfazem na areia da praia deserta,

Amainando a fúria triste das tempestades.

 

Também tu mulher, o teu corpo me fascina;

Enches de ternura todo o meu Ser

E as tuas carícias inundam o céu estrelado

Que compõe todo este meu firmamento,

Colhendo a esperança do teu sorriso.

 

Tal como o mar, tu iludes a solidão

E fazes bailar minha alma, entre a lavra

Que nas noites tórridas se transforma

Em volúpias, sentidas de uma saudade,

Deixando ouvir a sereia cantar de alegria.

 

No enrolar das ondas se envolve a areia

Num abraço sem fim de intensa paixão

E tu mulher, fazes-me sentir novas sensações,

Esquecendo as horas de nostalgia de uma solidão.

 

Carlos Cebolo

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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

 


CARTA DE AMOR À MODA ANTIGA

Meu bem

                 Os dias passam, mas os momentos ficam guardados e as recordações permanecem sempre vivas.

                 Numa carta, por mais que se diga, nunca se diz tudo o que se quer dizer e os momentos mais íntimos, que só a nós dizem respeito, nos nossos corações ficarão guardados para a eternidade.

                 Lembras-te amor!... Aquele passeio que demos à beira mar, olhando o céu azul límpido como a tua alma e aquelas suaves ondas que vinham beijar a areia mesmo junto dos nossos pés?

                Fazendo uma retrospetiva da nossa vida, ainda hoje recordo com saudade os beijos trocados com aquele sabor a sal com que o vento húmido salpicava as nossas faces e, os teus sedosos cabelos que eu alisava com os dedos ao mesmo tempo que beijava os teus doces lábios no contraste da água salgada.

               Da nossa inquietude nasceu o amor. Um amor forte e sereno que ainda hoje nos dá o prazer de viver. Aquela ansiedade que tudo queimava, ainda hoje a sinto, quando estou a teu lado e sei que tu a sentes também.

              A tristeza quando toca a um de nós, o outro sente-a também e isto é a grande prova do nosso amor. Aquele amor com calor que toma conta de nós e nos descontrola. Mas é este amor que nos dá a felicidade.

              O meu amor por ti não diminui com o tempo, antes pelo contrário, tornou-se cada vez maior e tornou o que parecia impossível, em possível e o nosso segredo ficou guardado no tempo e no espaço.

              Hoje amor! Recordo com saudades a nossa juventude, mas anseio constantemente o nosso presente e procuro projetar esse viver para o futuro. E o que uns chamam ridículo, eu prefiro chama-lo de felicidade, pois no amor, quando há sinceridade, nada pode ser ridículo.

              Nesta minha vida, mais do que nunca, preciso de ti ao meu lado, pois sem ti não serei ninguém, pois és a companheira perfeita e, em ti deposito todas as nossas esperanças na continuidade de uma vida feliz que nos transporta para a eternidade, deixando um guia seguro e saudável para a nossa descendência.

              Por muito que me esforce para escrever, dizendo quanto de amo, fogem-me as palavras e a única frase que não me sai da cabeça é: - Como te amo meu amor!...

             Amo-te como a Natureza ama o Sol; Amo-te como a abelha ama a flor; Amo-te como a comida ama o sal e acima de tudo, amo-te como a vida ama a felicidade, pois sem ela não terá valor.

            Como te amo meu amor!...

            Beijos deste que muito te quer.

 

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

 


SOL DE INVERNO

 

Loiras traças ao vento,

Neste sol que nos cria,

Como cria a poesia,

A dor do sentimento.

 

O sol estende os braços,

Formando o corpo teu,

Na união que Deus nos deu,

Sossego os meus cansaços.

 

Do teu corpo mulher,

Lindo como o desejo,

Sorvo o teu doce beijo,

Venha de onde vier.

 

Com toda essa emoção,

Ser loira ou morena,

Por tudo vale a pena,

Um pouco de atenção.

 

Carlos Cebolo

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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

 


PUREZA

 

No encanto do dia, floresce a alva açucena,

Suas pétalas vivas a tornam tão formosa,

Tão linda como a cor rubra da linda rosa

Que trespassa corações e ninguém condena.

 

Tentações de uma Vénus assim tão serena,

No Olimpo divino implantou sua beleza,

Compondo jardins de tão bela natureza,

Que na encruzilhada da vida se condena.

 

A alva cor se transformou símbolo de pureza

Que nessa beleza do encanto se procura,

Oferecendo amor, colhendo sua ternura.

 

Com tal arte deixou a mulher sua incerteza,

Implantou na suave brisa o seu encantamento

E fez do carinho, o seu novo sentimento.

 

Carlos Cebolo

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terça-feira, 13 de outubro de 2020

 


MARCAS

 

Vou marcando no meu pensamento,

Sinais invisíveis do teu Ser,

Teu corpo explorado pelo toque da minha boca,

Tua língua como brisa sedenta em mim,

Fazem histórias que rondam o crepúsculo,

Alegrando os momentos tristes,

No silêncio da cruzada solidão.

 

Histórias contadas no horizonte da memória,

Lago de cisne sem cisne à vista desarmada,

Que procuro florir no teu jardim,

Tão remoto como o tempo da vida,

No encanto emaranhado que existe em mim.

 

Procuro viver bem perto do meu refúgio,

Neste porto de abrigo, longe da solidão,

Encurralado na maré de todas as incertezas,

Onde no meu sonhar, contigo me encontro,

Mas o coração se fecha como flor adormecida.

 

Entre o grito e o som, a revolta se cala

E a aventura voa perdida numa só ansiedade,

Escoltada entre as asas do condor entre nuvens

Que se formam, prendendo todos os sentimentos.

E assim, vou deixando fugir os momentos

E as marcas vão ficando tristemente gravadas.

 

Carlos Cebolo

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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

 


HORIZONTE DESGASTADO

 

Bem fora do céu, meu olhar se funde

Num horizonte distante e desgastado,

Ultrapassa oceanos e desenraíza montanhas,

Só para ver o sol nascer do outro lado.

 

Lá bem longe, tudo se confunde.

 

O amor que por lá foi alimentado,

Desencantou o filho que lá nasceu

E o passar do tempo ultrapassou a vida.

 

Outro mundo foi encontrado

E longe do seu berço faleceu.

 

Na brisa montou a saudade

E levado por caminhos eternos,

Vai procurando a sua mocidade,

Onde os caminhos se afastam de tudo

E as tempestades sepultam os sonhos,

Libertando ansiedades que rasgam a alma.

 

Tudo é saudade!...

E nessa emboscada da vida, ficou a angústia

E os olhos semicerrados colhendo sonhos.

 

Carlos Cebolo

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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

 


SONHOS CONTIDOS

 

Nas asas das gaivotas voam os sonhos,

Os ventos marinhos estão presentes

E a solidão traz seus medos medonhos

Que da própria alma se encontram ausentes.

 

Ao longe, sente-se o aroma da floresta,

Tão intenso como essa maresia,

Que na natureza se manifesta,

Tocando os sinos de uma fantasia.

 

Coração iludido desse amor,

Na liberdade de todas as asas

E das gaivotas que cantam a dor.

 

Roçando as ondas, voam sem parar,

Levam sonhos contidos pelas brasas

E a paixão por esse imenso mar.

 

Carlos Cebolo

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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

 


CONDENAÇÃO

 

O meu desejo pede-me o impossível,

Pede-me o que o pensamento deseja,

Afecto que não me falta e sobeja,

Torna em mim, esse amor invisível.

 

Por vezes pede-me o que não entendo,

Actos lascivos do meu pensamento,

Quando na vida se esfria o momento,

Sentires adversos que não compreendo.

 

Sem querer perpetuar o pensamento,

Este meu sonhar constante contigo,

Atormenta todo esse meu momento.

 

Nas minhas tristes noites desgarradas,

Tendo em mim próprio, o meu inimigo,

Sofro os horrores das almas condenadas.

 

Carlos Cebolo

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