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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sábado, 19 de março de 2011

O ROUXINOL - CONTO INFANTIL



           



O ROUXINOL

Num dia lindo de primavera, numa floresta com bosques frondosos, nasceu um pequeno passarinho cinzento.
O passarinho não era todo cinzento, tinha penas com tons de castanho e com o peito da cor do fogo.
Nessa floresta, havia um bosque encantado.
A fada, madrinha do bosque pôs o nome de rouxinol ao passarinho e pediu à menina princesa do bosque encantado, que tomasse conta do seu lindo, mas frágil afilhado e que nunca o deixasse voar para fora do bosque.
        O rouxinol desde muito cedo encantou todos os habitantes do bosque com o seu lindo canto.
Cantava desde o nascer do dia até ao por do Sol, sempre na companhia da sua amiga princesa.
Do por do sol ao amanhecer, era a vez dos grilos e outros insetos cantarem em conjunto, fazendo uma música também muito alegre que ecoava por toda a floresta.
No bosque encantado, todos os habitantes viviam felizes.
Ninguém sentia medo naquele bosque, pois ouvindo o canto do rouxinol durante o dia e o canto dos grilos durante a noite, sabiam que estavam todos em segurança
. Depois do por do Sol, o lindo rouxinol ia descansar no seu ninho e a menina princesa pedia à coruja que ficasse de guarda, enquanto o rouxinol dormia, para que nada de mal lhe acontecesse.
 Passavam os dias e nada acontecia que perturbasse o sossego do bosque. Era sempre tudo tão calmo e encantador!...
Numa noite de verão, altura em que fazia muito valor, a coruja sentiu cede e pensou para si mesma:
 - Este bosque é calmo, todos são amigos uns dos outros, ninguém faz mal a ninguém. O pequeno rouxinol está a dormir na segurança do seu ninho. Vou um instante até ao rio que fica aqui perto beber um pouco de água e volto já.
A coruja não pressentindo qualquer perigo, saiu do seu posto de vigia e foi até ao rio beber água.
Demorou muito pouco tempo, mas foi o tempo suficiente para alguém levar o rouxinol.
Quando o dia nasceu, não se ouviu o canto do belo rouxinol e todos os habitantes do bosque encantado ficaram tristes e com medo.
 Chegou a noite e também por estarem com medo, os grilos e os outros insetos não cantaram.
Era um silêncio total. Ninguém dormiu nessa noite.
A menina princesa, sem o canto do rouxinol ficou doente e pediu a todos os seus amigos que procurassem o rouxinol.
A coruja que se sentia culpada por ter deixado o seu posto de vigia, voou muito alto e lá das nuvens viu o pobre rouxinol preso numa gaiola feita de ouro que se encontrava na varanda do palácio do príncipe Fauno.
O príncipe fauno, tinha pés de cabra e cabeça de duende, era muito invejoso e queria o cantar do rouxinol só para ele.
Mas o rouxinol preso, não cantava, pois tinha saudades da sua amiga princesa e da liberdade que o permitia voar de árvore em árvore pelo bosque todo.
Triste por não poder voar, preso na sua prisão dourada, também adoeceu e ficou deitado no fundo da gaiola
O Príncipe Fauno, pensando que a ave estava morta, abriu a porta da gaiola, tirou o pássaro e deitou-o fora.
A coruja que tinha ido ao palácio para libertar o seu amigo cantor, viu a pobre passarinho deitado na erva por baixo da gaiola.
Aproximou-se e ouviu a coraçãozinho da pequena ave a bater.
Cheio de esperanças, voou até ao rio e trouxe água fresca no bico.
Ao chegar junto à pequena ave, pegou no rouxinol caído no meio da erva, deu-lhe um pouco de água que levava no bico e o belo rouxinol acordou.
Quando se sentiu livre e com forças, ajudado pela coruja, voaram em direção ao bosque encantado.
Quando chegaram junto da menina princesa, o rouxinol começou a cantar e com o seu belo canto, a menina ficou melhor.
A vida retomou o seu curso e todos no bosque encantado, viveram felizes para sempre, ouvindo constantemente o lindo canto do rouxinol.

Carlos Cebolo
      

     

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