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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 30 de março de 2011

FLOR E A ILHA ENCANTADA



       

FLOR E A ILHA ENCANTADA
 Era uma vez uma família, pai, mãe e dois filhos, que viviam numa cidade muito bonita, rodeada de montanhas e atravessada por um grande rio que ia desaguar ao mar que ficava ali perto.
O mais velho dos filhos era um rapaz com 12 anos e chamava-se Flu.
O outro filho era uma linda menina com 10 anos de idade a quem os pais chamavam Flor.
Flu era pouco sociável, nas suas horas vagas, agarrava-se ao seu computador portátil e não se preocupava com mais nada. A irmã, muitas vezes queria brincar com ele, mas ele mandava-a embora, dizendo que fosse brincar com as bonecas.
 Flor, pelo contrário, era muito sociável e sempre que lhe era permitido, ia brincar com as suas amigas ou, na falta destas, entretinha-se a brincar com a sua boneca preferida e com os animais que encontrava no jardim da casa.
 Flu não gostava de animais e sempre que encontrava no seu caminho um ratinho, um gafanhoto ou uma borboleta, procurava logo uma maneira de os maltratar.
Flor não! Ela era muito amiga de todos os bichinhos que encontrasse. Ganhava a confiança deles e brincava com eles sem os magoar e por isso todos os bichinhos gostavam dela.
Num dia de verão, Os pais resolveram fazer um passeio com o veleiro que tinham comprado há pouco tempo.
A mãe muito cuidadosa, preparou uma grande caixa com comida enlatada.
O pai, todo desportivo, preparou as suas canas de pesca, pois gostava muito de pescar.
O flu apenas se preocupou em levar o seu computador e a Flor levou a sua boneca preferida.
No alto mar, sem terra à vista, foram apanhados por uma tempestade. No céu formou-se umas nuvens muito escuras e começou a chover com trovoadas e relâmpagos.
O pai com muita calma, mandou todos para a cabine do veleiro, enquanto ele procurava entrar em contacto com terra e a levar o veleiro para um porto seguro.
A chuva e os relâmpagos, estragaram os aparelhos do veleiro e ele foi à deriva, sem rumo certo e sem comunicação.
O pai sem nada poder fazer, procurava por entre o nevoeiro que se tinha formado, um sinal de terra firme.
Numa altura em que o nevoeiro ficou mais fraco, o pai viu umas árvores ao longe e pegando no leme, dirigiu o veleiro para elas.
Ao aproximar-se de terra, o nevoeiro e a chuva passaram. Um lindo Sol brilhou no céu e eles puderam ver que se tratava de uma bonita ilha.
Com o veleiro, deram uma volta à ilha e verificaram que ela não era muito grande e que era desabitada.
Desembarcaram e o pai procurou logo fazer uma cabana com ramos e folhas das árvores, para se abrigarem do Sol.
Como estavam a ficar com fome, a mãe juntou umas pedras, meteu umas folhas e ramos secos no meio e fez uma fogueira para aquecer umas latas de comida que tinha trazido.
Flu sentou-se num tronco caído e tentou ligar o seu computador, mas nada apanhou, pois ali não havia rede nenhuma, ficou muito irritado e andava sempre mal disposto.
Flor sempre com a sua boneca pelos braços, procurou encontrar alguns bichinhos com quem brincar e encontrou muitos. Esquilos; ratinhos; pássaros; borboletas e muitos outros insetos que gostaram logo dela.
Os dias foram passando e o pai não via meios de os tirar dali. A embarcação não tinha combustível e o rádio não funcionava. No meio de tanto azar, ainda tiveram alguma sorte, pois a ilha tinha muitas frutas que poderiam comer e além disto, o pai e a mãe apanhavam marisco e peixe na praia e por isso não passavam fome.
 Um dia a mãe adoeceu, com febres muito altas e a menina triste foi para a floresta chorar, pois não queria chorar ao pé da sua mãe para não a preocupar ainda mais.
Os animais preocupados com a sua amiga Flor, foram ter com ela e disseram:
- Não chores minha Flor! Nós nunca te dissemos nada, mas esta ilha é encantada e a rainha do encanto que te tem observado sem tu a veres, quer falar contigo.
 - Nós vamos levar-te até ela e vais ver que tudo se resolve.
Flor que gostava muito dos bichinhos e confiava neles, seguiu-os.
A certa altura, junto às raízes de uma palmeira, encontraram um buraco onde os bichinhos entraram e convidaram Flor a entrar também.
Lá dentro, Flor viu que estava num lindo palácio e que na cadeira do centro, que tinha a forma de uma flor, estava uma pequenina mas muito linda menina com umas lindas asas nas costas. 
Flor viu logo que a menina muito pequenina era de certeza a fada rainha do encanto que os seus amigos animais falaram.
A rainha chamou-a pelo seu nome:
 - Flor! Chega mais perto e diz-me o que te preocupa tanto?
Flor aproximou-se sem medo, mas com muito respeito, contou que estavam ali perdidos e não podiam ir para casa, pois não sabiam onde estavam e o barco não tinha combustível.
A fada então perguntou:
 - Diz-me Flor, estás triste por estares aqui nesta ilha?
Flor respondeu que não. Mas como tinha a mãe doente, queria ir para casa para a curar.
A fada mandou a borboleta buscar um pó brilhante como as estrelas e deu à Flor dizendo:
-Esta ilha é encantada, pode estar em qualquer sítio.
- Vai à tua embarcação, faz o jantar para todos e na bebida põe este pó mágico e vais ver que tudo se resolve.
- A menina assim fez.
 Preparou o jantar, levou o comer para a cabine do veleiro, onde a mãe descansava e chamou o pai e o irmão para jantarem.
Depois do jantar, adormeceram.
De manhã, quando o pai acordou, viu que o veleiro estava à deriva em alto mar e que era empurrado pelos ventos.
Sem nada poder fazer, ia acordar os filhos, quando Flor apareceu ao seu lado e disse:
 - Pai, não te preocupes. São os meus amigos que nos estão a ajudar a voltar para casa.
Como o pai não percebia nada, a filha contou a sua aventura ao pai.
O pai ainda pensou que a filha também estava doente e a delirar com febre, mas olhando para o horizonte, viu terra e reconheceu a foz do rio e a sua linda cidade. 
À frente do barco ia um bando de borboletas e nas costas de uma delas, ia a fada encantada que apenas Flor via.
Quando chegaram ao porto, o pai pediu logo uma ambulância para levar a mãe ao hospital e foi com ela, enquanto dizia aos filhos para irem para casa que ficava ali perto.
Já no jardim da casa, apareceu uma borboleta que poisou nos ombros de Flor e nas costas da borboleta estava a fada encantada que lhe disse:
- Como te disse, a ilha é encantada e pode estar em qualquer sítio. Quando estiveres triste procura entre as flores que eu estarei sempre ao teu dispor, pois sei que com a tua bondade, procurarás sempre ajudar os outros seres vivos, por mais pequenos que sejam. Já o teu irmão, por ser mau, nunca terá amigos e ficará sempre triste e sozinho.
A borboleta voou e desapareceu entre as flores do jardim.
Flor ainda hoje quando vê um animal aflito, vai logo ajudar o pobrezinho.
No quintal de sua casa, vivem muitos gatos que eram vadios e que flor os alimenta. Estes animais quando veem Flor chegar, ficam muito contentes e fazem uma grande festa e Flor gosta muito deles.
E assim viveu feliz para sempre.
Carlos Cebolo



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