DINO E O DUENDE
Dino era um
menino que sonhava muitas vezes com as histórias que o seu avô contava sempre
com muita alegria.
A História que
mais gostava de ouvir e que constantemente pedia ao avô para a contar, era uma
que falava de um duende muito pequenino que vivia nas florestas.
O duende era
dono de um pote de ouro que tinha encontrado no fim do Arco-íris.
Lembrava-se do avô dizer que o duende não
gostava de estar preso e por isso, se alguém o agarrasse, ele dava o seu ouro
para se libertar, ou em troca, fazia o milagre que lhe pedissem, pois era
mágico.
Dino era um menino muito bom e amigo de toda a
gente e estava sempre pronto a ajudar quem quer que fosse.
Numa sexta-feira, quando chegou à escola, viu
uma colega a chorar e aflito, perguntou o que ela tinha
A menina disse
que sua mãezinha estava muito doente e que a sua família não tinha dinheiro
para a levar a um bom médico para a curar.
Dino ficou muito
triste e prometeu à Glória, assim se chamava a sua amiga, que ia fazer tudo
para a ajudar.
Durante a noite, na sua cama, Dino não
conseguia dormir, pois lembrou-se da história do duende e começou a pensar que
talvez aquilo fosse verdade.
No dia seguinte, como era fim-de-semana e não
havia aulas, Dino acordou cedo e foi para a floresta à procura do duende.
Procurou o dia
todo e por todos os lados, mas não encontrava nada.
Desanimado, ao
fim do dia, resolveu voltar para casa.
O Sol já se
estava a esconder no horizonte e os seus raios de luz já estavam fracos e muito
baixos.
De repente, Dino
viu uma grande e bela árvore com um buraco no seu tronco.
A árvore
encontrava-se no meio de uma clareira da floresta e do buraco saía um pequeno
brilho que só era visto quando os raios de Sol batiam diretamente no buraco da
árvore.
Dino intrigado com tal brilho, resolveu ir ser
o que era.
Subiu numa pedra para poder chegar ao buraco
da árvore e meteu a mão lá dentro a ver se encontrava alguma coisa.
De repente sentiu uma pequena mordida num
dedo, ao mesmo tempo que ouvia uma voz que disse:
- Larga-me, larga-me se não eu transformo-te
num bicho.
Dino que
conhecia a história que o seu avô contava, pensou que devia ser o duende e com
medo que ele fugisse, apertou com mais força a mão e tirou-a do buraco da
árvore.
Já com a mão cá
fora, viu que entre os seus dedos estava um anãozinho muito pequeno, com
orelhas grandes e com um barrete verde na cabeça que continuava a tentar
soltar-se e a ameaçar Dino.
O menino sem
medo disse:
- Não de solto! Agora és meu. Vou levar-te
para minha casa onde ficarás preso numa gaiola.
O duende com
medo pediu:
- Não por favor, solta-me que eu dou-te o meu
ouro.
O menino
concordou, mas como não confiava no duende disse:
- Dá-me primeiro o ouro e só depois te
soltarei.
O Duende deu-lhe
o ouro mas começou a chorar.
Dino que era
muito bom e não gostava de ver alguém chorar perguntou:
- Porque choras se eu te libertei?
O Duende muito
triste respondeu:
- Sabes menino,
eu gosto muito de ouro e não consigo viver sem ele, se o levas, eu desapareço
para sempre.
O menino com
pena do duende, pensou um pouco e disse:
- Eu dava-te o
teu ouro de volta, mas não posso, preciso dele para pagar o tratamento e curar
a mãe da minha amiga Glória.
- O duende
voltou a falar:
- Leva-me à casa
da tua amiga e eu em troca do meu ouro curarei a mãe dela; mas esconde-me bem,
pois mais ninguém além de ti e da tua amiga me pode ver!
Dino assim fez.
Chegou à casa da
amiga, apresentou o duende e disse que ele era mágico e que iria curar a sua
mãe.
Glória ficou maravilhada com um ser tão
pequenino e acreditou que tudo seria possível!
A mãe de Glória estava a dormir na sua cama;
estava muito fraca e não se apercebeu de nada.
O Duende mandou abrir a janela do quarto para
que o Sol entrasse. Tirou o seu barrete verde, colocou-o na cabeça da doente e
fez uma magia com as mãos. Os raios de Sol voaram em direção à mãe da Glória e
esta começou a melhorar.
Quando a mãe da glória acordou, viu apenas os
dois meninos ao seu lado e viu que estava melhor.
O duende tinha desaparecido com o seu ouro e
foi viver para outra floresta.
A Senhora admirada, perguntou o que se tinha
passado!
Os meninos que
tinham prometido ao duende nada dizer sobre ele, ficaram calados.
A mãe pensou que tinha sido um milagre, pois estava
curada.
Dino e Glória
cresceram e ficaram sempre muito amigos. Casaram e viveram felizes para sempre.
Os duendes existem, mas só os meninos de
coração puro e que nunca dizem mentiras, nem fazem maldades, os podem ver no
fim de um Arco Ires, num dia de Primavera.
Carlos Cebolo
Sem comentários:
Enviar um comentário