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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sábado, 9 de abril de 2011

A BONECA DE PANO

A BONECA DE PANO

 Era uma vez uma velha boneca de pano, que há muito se encontrava dentro de uma caixa, guardada na garagem da casa de uma menina, que tinha muitos brinquedos novos para brincar.
Um dia, a mãe da menina foi arrumar a garagem e deitou as coisas velhas para o lixo.
Entre essas coisas, estava a caixa com a boneca de pano que já não tinha cabelo e estava toda descosida.
De madrugada, o senhor que recolhia o lixo reparou na caixa, abriu-a e viu lá dentro a boneca de pano.
 O homem era casado e pai de uma menina que nunca tinha tido uma boneca, pois ele não a podia comprar. Era pobre, vivia apenas com o pouco dinheiro que ganhava com o seu trabalho.
Assim, agarrou na boneca e pensou dá-la à sua filha. 
Em casa pediu à mulher que lavasse a boneca e desse à filha.
A mãe da menina lavou a boneca, coseu-a muito bem e com lã cor de cenoura, fez cabelos para ela.  
Com um lápis preto, pintou uns olhos, um nariz e uma boca. 
Com um tecido que tinha em casa, fez-lhe um lindo vestido branco com flores e dois laços cor-de-rosa.
A boneca ficou linda!...
A filha que se chamava Mariluz, quando viu a boneca ficou muito contente.
Brincava e dormia sempre com a boneca e até falava com ela. A boneca não lhe respondia, mas ela falava pelas duas. Fazia as perguntas e dava as respostas, fingindo que era a boneca.
A menina cresceu e foi para a escola onde arranjou muitas amigas, mas quando alguém lhe perguntava, quem era a sua melhor amiga, ela respondia que era a sua boneca de pano que a acompanhava sempre para todo o lado.
 A professora dizia:- Mariluz! A tua boneca não pode ser tua amiga; ela não fala e não brinca contigo! As tuas amigas são as tuas colegas que brincam e falam contigo.
Mariluz ficava muito zangada e dizia:- Fala sim! A minha boneca fala e brinca sempre  comigo! Ela nunca me diz que não! Nunca me abandona! É sim a minha melhor amiga. 
 A fada madrinha que acompanhava sempre a menina, sem esta a ver, resolveu dar um presente à sua afilhada.
Durante a noite, quando Mariluz estava a dormir com a boneca ao seu lado, a fada madrinha falou-lhe ao ouvido: - Mariluz! Eu sou a tua fada madrinha e como és uma boa menina, vou dar voz á tua amiguinha, mas só tu podes saber disto! Dorme bem minha afilhada.
A menina quando acordou, pensou que tinha tido um sonho. E quando se levantava da cama, para ir lavar os dentes e a cara, ouviu uma voz muito linda que lhe disse: - Olá! Hoje está um lindo dia e os passarinhos já cantam lá fora.
  A menina ficou encantada, abraçou a sua boneca e respondeu: - Bom dia! Obrigado fada madrinha. Foi o melhor presente que tive. Agora já tenho com quem falar quando estiver sozinha!
A menina cresceu e continuou sempre a dormir e a andar com a boneca para todo o lado.
A mãe já estava a ficar preocupada com o comportamento da filha e disse para o marido: - Temos de levar a menina ao médico. Ela já não tem idade para brincar com bonecas e não deixa aquela boneca de pano.
Assim fizeram.
A médica depois de conversar e de fazer vários exames à menina, disse para os pais: - A Mariluz é saudável, não tem doença nenhuma. Estejam descansados que isso da boneca, passa-lhe com o tempo.
Foram para casa e no caminho a menina contou que a sua boneca falava e que tinha sido a sua fada madrinha que lhe tinha dado voz.
Os pais não queriam acreditar na menina, mas ouviram uma voz que parecia música a dizer: - Eu não te disse Mariluz! Que só tu podias saber disto? Eles não acreditam em ti!...
 Os pais perguntaram que voz era aquela! Mariluz respondeu:- É a minha fada madrinha que está aqui sentada ao pé de mim e da minha boneca.
A partir desse momento, os pais acreditaram que na verdade, a simples e velha boneca de pano que tinha sido encontrada no lixo, se tinha tornado a melhor amiga da sua filha.
 E assim viveram felizes para sempre.

Carlos Cebolo


         

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