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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 15 de março de 2011

O Macaquinho Verde e o Leão - Fábula Infantil

         

















O MACAQUINHO VERDE E O LEÃO

Lá muito longe, na floresta africana, numa noite linda de primavera, banhada por uma grande Lua redonda e muito brilhante, nasceu um macaquinho verde.
O macaquinho para além da cor, era também diferente dos outros no tamanho.
Era pequenino e magro, mas muito brincalhão e inteligente.
No mesmo dia, nasceu na savana africana um leãozinho forte e grande. Tão forte que os outros de imediato viram nele um líder.
Com o passar dos tempos, o macaquinho verde cresceu, mas manteve-se sempre mais pequeno e magro que os seus irmãos. Contudo, manteve-se também mais inteligente e ágil que eles.
Já no meio da savana, o leãozinho crescia e ficava cada vez mais forte e grande.
Nasceu-lhe uma bonita juba preta à volta do pescoço e a sua pele era de um castanho dourado que quando lhe batia o sol, deixava refletir raios de luz.
No reino das árvores, o macaquinho verde, devido à sua agilidade e inteligência, tornou-se o príncipe da floresta.
Do outro lado das árvores, o leãozinho, tornava-se o rei da savana e todos os outros animais o consideravam como o rei dos animais.
Assim, o leãozinho já crescido, era temido e respeitado por todos.
No reino das árvores, em plena selva africana, o macaquinho verde também era respeitado como príncipe; pois, devido à sua agilidade e inteligência, era sempre o primeiro a dar o alerta quando o perigo se aproximava e era ele quem indicava o caminho, voando de árvore em árvore para levar toda a família e amigos para longe do perigo.
Também era ele que conhecia as melhores árvores de frutos que consistia no principal alimento de todos os macacos.
Um belo dia, o macaquinho, farto das sombras das árvores resolveu dar um passeio pela Savana.
Vendo um lindo lago azul, cheio de sede, resolveu aventurar-se um pouco mais e aproximou-se do lago, tomando todas as cautelas possíveis e olhando bem para todos os lados para ver se não havia perigo.
Mas não reparou que no meio da erva alta e seca de tons dourados, se encontrava escondido o rei leão que tinha a mesma cor que a erva.
Quando distraído estava a beber a água fresca do lago, apareceu de repente o leão que de um salto agarrou o macaquinho entre as patas e disse:
- Ainda bem que apareceste, pois eu estava a ficar com fome e assim já tenho o que comer.
O Macaquinho muito aflito, antes do leão o meter na boca disse apressadamente:
- Vossa alteza não se contentará certamente com um macaquinho fraco e doente!...
- Doente? Retorquiu o leão um pouco desconfiado.
- Diz-me lá que doença tens?
O macaquinho que era muito inteligente rapidamente inventou uma doença e disse:
- Vossa alteza não conhece a doença da lua? Pois é essa a terrível doença que eu tenho. É tão grave que encontro-me aqui sozinho. Pois na selva ninguém me quer lá com medo de também a apanhar!...
- Doença da lua? Que doença é essa que eu não conheço? Retorquiu o leão.
O inteligente macaquinho depressa se pôs a explicar a doença:
- Vossa majestade não vê no enorme céu a brilhante lua? Não repara como ela depois de estar tão bonita começa a desaparecer aos poucos e acaba por morrer? É certo que depois nasce outra! Mas já não é a mesma! É outra que toma o seu lugar!
 O leão desconfiado perguntou:
- Como é que sei que não estas a mentir?
O macaquinho, vendo que o leão estava a ficar com medo, respondeu:
-Vossa majestade não vê que eu sou verde enquanto os meus irmãos são cinzentos? Pois quem tem esta doença fica verde e ela é muito contagiosa! Basta alguém tocar-me pata também ficar doente! E o pior, é que só eu sei a cura.
Fez uma pausa para ver a reação do leão e continuou:
- Eu arrisquei vir ao seu território para apanhar esta água, pois necessito dela para fazer o remédio para me curar.
- Vossa majestade já deve estar contaminado! Mas não se preocupe! Quando estiver a ficar verde, basta dar um grito que eu venho logo a correr para o curar! Pois sei como esta doença é dolorosa.
- O leão depois de muito pensar, cheio de medo, libertou o pobre macaquinho que prontamente se pôs em fuga para as árvores, salvando assim a sua vida e mostrando a todos que a inteligência é mais importante que a força bruta.

Carlos Cebolo



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