LUAR
14/03/2012
Numa noite de luar,
Junto ao rio que corre calmo,
Sereno fico a pensar,
Enquanto leio um belo salmo.
O que me diz a leitura?
Não sei, mas a alma sente.
E eu vejo sem sonhar,
O que o meu espírito consente,
Por muito te querer amar.
Que angústia sentida na emoção,
De te poder ali abraçar,
Juntar o teu, ao meu coração,
Aproveitando este imenso luar.
Luar lindo luz prateada,
Da lua cheia no seu zénite,
Para sempre será lembrada,
No amor como um convite.
Convite sem qualquer cor,
Olhando apenas à condição,
De amar sem provocar dor,
Seguindo sempre o coração.
Entre um homem e uma mulher,
Sexo por sexo trocado,
Colhendo o que nele houver,
Formando um elo encantado.
Amor, por amor dado,
Sem qualquer interesse final,
Ficará para sempre guardado,
Não vindo daí qualquer mal.
Entre amantes não é pecado,
Sentir uma atracção carnal,
Pelo sexo oposto amado,
Comum a qualquer mortal.
Carlos Cebolo
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