PRIMEIRO AMOR
27/03/2012
Na praia da minha paixão,
Vi-te chegar com saudade.
Trazias no rosto a ilusão,
Da tua tenra mocidade.
Teu olhar parecia distante,
Olhavas para o que não existe,
Na praia paraste por um instante
E senti que vinhas triste.
Teu olhar mostrava pavor,
Que sentias naquele momento,
Tua face vinha sem cor,
Mostrando todo o teu sofrimento.
Vinhas na esperança de amar,
Encontrar o teu grande amor.
Tuas pernas se negavam a andar,
Intensificando a tua dor.
Senti ter chegado o momento,
Arranjei coragem para me aproximar,
Venci todo aquele tormento,
Na esperança de te poder amar.
Nosso encontro foi então mágico,
Como mágicas eram as ondas do mar,
Junto aquele mar magnífico,
Consolei-te no teu chorar.
No teu rosto rolava uma lágrima,
Que teimava dos teus olhos sair,
Procurei suavizar o clima,
Bebendo a lágrima do teu sentir.
Apreciei o teu doce sabor,
Tua lágrima sabia a sal.
Gostei desse teu belo gosto,
Sem te fazer juras de amor,
Prometi não te causar mal,
Beijando o teu suave rosto.
Senti então o teu cheiro a jasmim,
Abracei-te com todo o jeito,
E com o teu corpo juntinho a mim,
Acariciei o teu belo peito.
Meus lábios tocaram os teus,
Com muita ternura e paixão,
A tua triste ilusão desapareceu,
Fiz alegrar o teu coração.
Contaste-me então o teu segredo,
Era o teu primeiro amor,
Por isso sentias um grande medo,
Daí o teu grande pavor.
Confessei-te também o meu temor,
O meu medo era semelhante,
Por ti senti grande amor,
Mas nunca namorei antes,
Por isso também tive medo,
Que me dissesses não.
Depois destas confissões,
Guardei comigo o nosso segredo,
Bem fundo no meu coração,
Para futuras recordações.
Carlos Cebolo
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