MALIGNA SINA
Esse imenso mar de solidão,
Pétala florida da sua alma,
Que neste mundo vive ilusão,
Em rebeldia de amor que acalma,
O florir sedento do vulcão.
Os sonhos de uma tarde menina,
Na luz duma alvorada perdida,
A felicidade que imagina,
Numa longa vida garantida,
Que a madura idade nos ensina.
Por entre a noite e a escuridão,
Maligna sina escondida na alma,
Que lhe faz perder a ilusão,
Vivida na juventude calma,
Perturba agora o seu coração.
Em tempos já idos na memória,
Altivo e determinado foi,
O corpo que grita por vitória,
No combate do mal que lhe rói
A alma, sem a outrora euforia.
A beleza da fruta madura,
Entre as verdes ramas do quintal,
Faz realçar a sua ternura,
Nos sonhos que se quer imortal,
Que a torna muito mais insegura.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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