SONHAR
Será que o sonhar deixa mágoas?
Incertezas no seu decifrar,
Este mar revolto em claras águas,
Que me turva aquele doce olhar,
Espelhado pelas noites cruas.
Não me lembro do sonho já ido,
Sonho ou pesadelo que sonhei,
Apenas sei que fiquei retido,
Mas asas do sonho onde voei
E de lá saí, sem ser ferido.
Por vezes também sonho desperto,
Com este meu espírito indeciso,
A navegar no grande deserto
Da boémia vida, sem ter juiz,
Assim, dando o incerto por certo.
Por vezes, sou como o alto mar
Com suas noites sem calmaria,
Sinto-te naquele meu amar,
Tristeza que se faz alegria.,
Ao acordar, depois de sonhar.
Com este meu constante sonhar,
Desperto na vida as emoções,
Sentidas no belo despertar,
Do sonho com as recordações
E mágoa que também quer deixar.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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