O CHORAR DO VIOLINO
Ao longe, o violino chora,
Como viúva no velório,
Na dissimulação da hora,
Velada no espaço inglório.
Certeza da noite intranquila,
Os lábios secos que choram,
Com a lágrima que cintila,
Na alvorada que devoram.
Com seus lábios carmim veludo,
Alva rosa no seu encanto,
O corpo belo que desnudo.
Música ouvida como pranto,
Do som do violino mudo,
Que traça todo o seu encanto.
Ao longe, o violino chora,
Mas não oiço o seu triste pranto.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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