GRAÇA DESGRAÇADA
Caminha altiva com graça,
Com graça no seu andar,
Seu andar pela desgraça,
Com graça no seu deitar.
Tem por desgraça maior,
O sangue da sua raça,
No coração traz amor,
No corpo sua desgraça.
A graça que nela mora,
Ser linda no seu despir,
A cabeça andar à nora,
A quem a poder possuir.
Sua desgraçada graça,
Na altivez da sua dor,
A graça trouxe desgraça,
E matou seu grande amor.
Amor que nela nasceu,
Com corpo perfeito e belo,
Numa alma que já morreu,
Na graça do seu castelo.
Aos poucos perdeu a graça,
Na débil vida levada,
E ficou só a desgraça,
Duma vida desgraçada.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/