IRREALIDADES DA VIDA
Assim sinto o vento passar,
O forte vento que me abala,
Relógio que não vai parar,
Por esta vida que se cala,
No tempo que está a chegar.
Sofrer sem poder descansar,
Este meu triste pensamento,
Sem nada que o faça parar,
Sem causar um forte tormento
Nesta alma que não quer falar.
Sopra o vento esta minha sorte,
Do mistério que me atormenta,
Haver vida depois da morte,
Meditar que também se ausenta,
Do porto que perdeu o norte.
Na vida que parece real,
Como real, parece esta vida,
Que tudo na morte é igual,
Riqueza e pobreza vivida,
Temem na mesma o seu final.
Se me perdesse em pensamento,
Na causa do bem e do mal,
Odiava todo o nascimento,
Que no Mundo não fosse igual,
O Cristo e seu ensinamento.
E relembro tempos antigos,
Numa consciência ilusão,
Quem no Mundo não tem amigos,
Rasteja triste, pelo chão,
Fica sujeito a vários perigos.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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