LÁGRIMA SOLITÁRIA
Era uma noite quente, sem luar.
No olhar, a lágrima solitária,
Uma dor que traduz seu olhar.
A triste dor que a inunda e acalma,
Tornou-se recordação diária,
Nesse profundo conforto da alma.
Aquele adeus que custa a passar,
Como forte elo de sangue e amor,
Com tudo que não se quer lembrar.
Aquela vida artificial,
Congelados silêncios de dor,
Aos poucos se tornou colossal.
Alma enleada na própria dor,
Aquela solitária tristeza,
De tudo que não tivera amor.
Lágrima solitária sem dor,
Corta a face com sua frieza,
Escapando-se com seu calor.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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