GOTAS DO MEU SAL
Nestas águas mortas do meu chorar,
Sei o que fui, o que sou e o que serei.
A chuva lá fora que não quer parar,
E lava as recordações por onde andei.
Nestas asas expostas do meu sonhar,
Não fui o que quis nem tão pouco o serei,
Como a chuva que cai e volta a passar,
São sonhos que outrora eu também sonhei.
Esta minha alma está diferente e retida,
Como angustias da lembrança do passado,
São feridas saradas numa recaída.
Tempo findo em alegres recordações,
São as lágrimas de um fim indesejado,
Gotas de chuva que cai aos tropeções.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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