O MORRER DA ESPERANÇA
Morre a esperança por entre os dedos cerrados,
No correr da vida duma triste lembrança,
Grita por liberdade com olhos velados,
Na angústia de ter deixado de ser criança.
Palavras e intenções apenas por herança,
Aquela terra prometida que não foi
Esse seu testamento que traz na lembrança,
É lança deixada numa ferida que dói.
Assim, ter de viver p’ra não morrer de pasmo,
Com gestos que estrangulam o seu triste grito,
Contrariando nesta vida, o seu marasmo.
De quem nada sabe e nada também viveu,
As memórias contadas em triste conflito,
Daquele usurpador que por lá faleceu.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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