O DESEJADO
E do nada, surge a luz,
É um sentir bem diferente,
O sentir do próprio povo,
A natureza da gente.
Gente que não se seduz,
Com falas mansas de novo.
Sebastião não voltou,
Não voltou da sua luta,
Forçada no seu ideal,
Lutar por causa impoluta,
Num país que não amou,
Libertando Portugal.
Uma força desmedida,
Que nos desvia a atenção,
Num remar contra a corrente,
Arrefece o coração,
Duma fraca e triste vida,
Que este povo agora sente.
É amar sem ser amado,
Por quem governa a Nação,
Por ser livre e ser cativo,
Neste Mundo de ilusão,
Esperando o desejado,
Sempre a rir sem ter motivo.
Desse Avis não se vê rasto,
Nem do próprio pensamento,
Aguardado na emoção,
Esperando o seu momento,
Com esse tempo já gasto,
Sem se salvar a Nação.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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