INDEPENDÊNCIA
E no mais alto mastro se alevanta,
As cinco chagas de Cristo Senhor,
Bandeira desfraldada ao forte vento,
Na bravura heróica que ao povo encanta,
Guerreiros de um Geraldo sem pavor,
Onde Egas Moniz, poisou o pensamento
E o futuro do reino assim traçou,
Com os terrenos que Afonso conquistou.
E sobre Martim Moniz se fechou,
As portas da mouraria encantada,
Tornando essa Lisboa lusitana.
Alvíssaras deu Afonso a quem lutou,
Nessa vitória desejada e amada,
Onde o mouro perdeu a mente sana,
Naquela triste e leda madrugada,
Ciente de uma vitória celebrada.
Em Ourique, foi alto o seu valor,
Tão alto que a própria Europa tremeu,
E tremeu Pero, Teresa e também Leão,
Provocando no mouro tal horror,
Que o próprio Alexandre, em rei o converteu
E o próprio Cristo lhe estende a mão.
A bela pátria Lusa assim surgiu
E o inimigo em debandada fugiu.
Sem esquecer a fama Já antiga,
Na luta contra Roma se afamaram,
Lembro Viriato e o povo Lusitano,
Neste esforço que a memória me obriga,
Que também contra o Hércules se levantaram,
Num esforço maior que o esforço humano,
Mostraram a força desta Lusa gente,
Na independência que o povo quer e sente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/