E PERDE-SE O GOZO
Naquele jardim triste e sombrio,
Mar revolto de soltas velas,
Lança o vento, o seu assobio,
Fundindo aquele montão de estrelas,
Que cruzam esse mar revoltoso,
Onde se perde todo o gozo.
Cansado desse seu degredo,
Desse seu desejo oscular
Que a onda sente, do rochedo
Oculto no profundo mar,
Beija esse areal absoluto,
Resguardado desse seu luto.
E assim jaz nesse desassossego,
Esse seu ósculo alucinado,
Que foi ardente nesse seu ego,
Entre as ondas dum mar gelado,
Na procura de ser discreto,
Ficou mudo, tristonho e quieto.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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