BAIXO ASTRAL
No tempo, canta a saudade,
Toque de veludo presente,
Vividos na mocidade,
Aquele vigor que a alma sente.
Transporte de nostalgia,
Do tempo que foi perdido,
Onde ficou a magia,
De um sentimento já ido.
Na lembrança da vontade,
Esse grito surdo ouvido,
Impõe sua realidade,
Neste seu querer dividido.
Desse amor sempre contido,
Esse seu crer que desperta,
Desse seu sonho escondido
Na mesma cama deserta.
Nas existências essenciais,
De um amor a florescer,
Perderam-se os sinais
E as forças do seu viver.
Canta as mágoas de uma vida,
Sem ter deuses nem destino,
Da mocidade perdida,
No astral que não é divino.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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