RIO PACHORRENTO
Olho para o rio que corre pachorrento,
Águas calmas nesse sereno caminhar,
E tua imagem traço no pensamento,
Sorvendo aquele perfume suave a mar.
Pássaro ferido e mudo no seu caminho,
O rio segue seu triste caminhar,
Dentro do leito que o abraça com carinho,
E eu, por ali, lembro-me do teu olhar.
Corre o rio sem saber como parar,
Esse amor que surgiu assim de repente,
Águas que por ali não voltam a passar,
Pássaro ferido que não consegue voar.
O rio pachorrento vai devagar,
Naquele leito que forma sua firmeza,
Vai lavando as mágoas deste meu penar,
De um amor que surgiu na sua incerteza.
Carlos Cebolo
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