SEM VER ESSE SENTIR
Se vejo uma pedra, sei que é pedra.
Inerte, dura, sem ter luz, não a comparo com outra coisa.
Nela nada medra…
Ao contrário do amor, por ser amor,
Está vivo e a esperança nele poisa.
Poisa muitas vezes com dor,
Naquela dor que produz e traduz ilusão.
Tão dura e triste como uma confissão.
Esta bela arte de saber ver,
O ver é como o pensar…
Distingue-se as coisas; O ser do Ser,
Naquele constante imaginar,
Que na vida se nasce
para morrer
Assim como a lua vive do seu luar
E o amor do seu eterno sonhar.
Uma flor, não é nem mais nem menos que uma flor!
As estrelas serão estrelas porque assim se chamam,
Mesmo que assim não sejam na realidade.
Sendo uma flor, símbolo de beleza e amor,
Já a luz das estrelas não é a claridade
Nem é sobre a sua luz que os amantes se amam.
É neste meu pensar, ver e ouvir,
Que ao longe sinto o teu amor,
Naquele chamamento do meu sentir
Que pouco a pouco se transforma em dor.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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