Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 31 de maio de 2017


SER CRIANÇA

De repente,
Ponho-me a pensar,
No que a vida nos traz.
Aquilo que se sente,
O querer brincar,
A birra que se faz,
Quando se quer dormir
Um pouco mais,
Mas na cama não pode ficar.
Sem sorrir,
O pranto e os seus ais,
Sair do seio familiar,
Pois os pais têm de ir trabalhar.

Assim é ser criança
No stress da vida que corre
Neste tempo actual,
Neste mundo que avança
Num tempo que morre,
Ou apressa o seu final.
O tempo de brincar,
O tempo de crescer,
Vai ficando diminuto
Com este constante caminhar
Sem ter a questão do querer.
O direito do medo do oculto,
O direito da atenção
O direito de ter seu espaço,
De sentir a vida e de a colorir,
O direito de ter livros e pão
De andar na areia descalço,
Poder pular e sorrir,
Deixou de ser respeitado
Neste mundo actual.
Ser criança será desejado,
Se a criança for como tal.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 30 de maio de 2017



NO MEU SENTIR

No sentir,
A intensidade da vida
Nesse ver e ouvir
De uma despedida,
Aquela passagem por mim,
Que muito me fez sofrer,
Foi-me retirada assim
E o nada, continua a doer.
Foi minha a terra onde nasci,
Aquele lindo sol poente,
Tudo o que então senti
E até as águas da torrente
Daquela chuva quente e densa
Que caía sem parar,
Traçando com ela a sentença,
Que mais tarde me fez chorar.
Já nada me faz dano,
O pesadelo não me tira o sono,
E aquelas duas estações do ano,
Formaram o meu Outono.
O meu destino foi melhor que o acaso,
Neste fim que a vida me reserva,
Sinto o deserto quente e raso,
Vazio da seca erva.
Aquele meu Abril deslumbrante,
Foi deixado no espesso mato
E até o lindo diamante,
Tornou aquele viver ingrato.
Hoje, provoco o pensamento,
Rebusco vivências do seu interior,
E sem lançar qualquer lamento,
Seco as lágrimas daquela dor.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 29 de maio de 2017


REVESTIR A VIDA

O ego matinal depois de um profundo sonhar,
Que remete a alma ao longínquo reino cor-de-rosa,
Confirma toda essa doçura do teu olhar,
Nesse instante da nossa noite maravilhosa.

Como criança que dorme num sonho lindo e leve,
Nas carícias dos prazeres que a vida principia,
Nesses encantos do sonhar que ainda ninguém teve
Sem o doce amor que o próprio corpo acaricia.

Ondulado mar que desassossega o arvoredo,
Levando com ele esse vago e íntimo desejo,
Nessa manhã doce daquele acordar bem cedo,
Onde o eco se aumenta com o sabor do teu beijo.

E assim intervém o sonho nas minhas memórias,
Nessa noite de desejo de tão bela aragem,
Por onde esse nosso amar se transformou em glórias,
Revestindo a vida com essa nova folhagem.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 26 de maio de 2017



SAUDADE QUE VOLTA

Esta loucura sem igual,
Meu amor
Feito de fina saudade,
Minha dor
Profunda e triste,
Sabor ternura
De um Ser imortal,
Num momento de doçura.

Esta alegria,
Teu querer
De alma sonhadora,
Doce ousadia
Do teu amor
Que me faz padecer.

Alma que grita
Tua presença
A vida que demora,
Na eternidade da crença.

Doce suspiro,
Deste chorar,
O amor sentido
No teu olhar.

Alma solta
Que em ti encontro,
Meu abrigo,
Sonho castigo
Na revolta que vai e volta.

Nesta ternura,
Da tua alegria,
A minha aventura,
Traço doce de magia.

Será castigo,
Viver sem ti,
Encanto amigo
Que por ti senti.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 25 de maio de 2017


UM DIA HEI-DE SABER CONTER

Um dia hei-de saber conter,
Estas gotas que turvam o olhar,
Pérolas rolantes pelo rosto,
Pálido e triste envelhecer
Que teima ao teu lado ficar,
Trazendo consigo o desgosto.

Um dia hei-de saber conter,
Esta angústia que não se ausenta,
Tornando a pureza interdita,
Na esperança de poder vencer
Toda essa vida em que se assenta
A Feliz vida em que se acredita.

Um dia hei-de saber conter,
Aquela dor de um doce pranto,
A tristeza do teu olhar,
Mostrando todo o teu sofrer,
Por sentir esse desencanto,
Do amor, não poder encontrar.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 24 de maio de 2017


ABRAÇO

E de repente aquele suave vento,
Trouxe-me um pouco daquele teu doce abraço,
Nas nuvens que transportam o sentimento,
Amizade e vontade do entrelaço.

Dá-me aquele teu abraço sempre são,
Doce aconchego que enfatize a vida,
Bem apertado junto ao coração,
Para amenizar a vida sentida.

Traz-me um pouco da alvora de outros ares,
O aroma perdido da linda flor,
A serenidade dos lindos luares,
Só sonhado em noites de intenso amor.

Aquele abraço cheio de magia,
Que no coração traduza amizade,
Que desperte a lágrima da alegria,
Que me leve de volta à mocidade.

Aquele abraço que traga a esperança,
Forte, sem o sentido da ilusão,
Que traga um pouco da tua lembrança,
Que nas noites ilumine o coração.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 23 de maio de 2017


PROCURANDO O ENCANTAMENTO

Pelo antigo encantamento, fui procurar,
Retalhos do passado mas não encontrei,
Ocultados pelos deuses ao meu olhar,
Somente escuras névoas por onde passei.

Nada desse encantamento, o céu me mostrou,
Somente o vento dorme em lugar tão profundo,
E na graça do olhar, a deusa se negou,
Confundindo fadas e elfos desse Mundo.

Orei e busquei para além desses matagais,
Esse encantamento, conhece a realidade,
Murmúrio do vento que não extinguiu seus ais.

Por já me falecer o dom da profecia,
Ou por nada haver, na procura da verdade,
Foi perdido o amor, nessa terra de magia.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 22 de maio de 2017


PROMESSA DE VIDA

Fortes foram as palavras já ditas,
Tudo em nós ficou.
Entre os lençóis da cama desfeita,
Vozes caladas de um silêncio louco,
Onde apenas se ouve o telintar das almas.
Nos nossos corpos presos na pressão do amor,
Foram retidas todas as horas,
Da felicidade que continua o seu caminhar.

Procuro algo na consciência e tudo encontro.
Aquele amor da juventude ainda por cá se encontra
E todas as coisas que são nossas, continuam
No tempo, onde aquele encanto as deixou.

Quando em surdina me dizes: - te amo!...
Nossos corpos formam cofres desse segredo selado
E eu acredito.
Acredito que a teu lado serei eterno
Como eterno pilar da união é o teu querer.

Neste tempo, sem tempo dos segredos,
Nosso amor é resistente às intempéries da vida
E os teus olhos, a luz que nos guia.
Como outrora, hoje o teu olhar continua orientador
E procuram na realidade, aquele encanto do amor.

Palavras continuam válidas
E entre nós permanece a luz do amor.
Agora, continuarei a dizer: - Por tudo o que já passamos,
Por tudo o que vivemos e temos para viver,
Tenho a certeza
Que promessa de vida permanecerá firme e segura
E que os valores continuarão a ser passados
Entre as nossas futuras gerações.

Bem hajas!...
Carlos Cebolo
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sexta-feira, 19 de maio de 2017


INDEFINIÇÃO

O luar bateu na relva e reflectiu,
Pouco ou nada ficou da sua luz,
Nosso amor, antes de chegar partiu
E o teu querer, o meu querer não me seduz.

Nada proporcionou para haver mudança,
Na dúvida de um amor unilateral,
Contos de fadas minaram a confiança,
E esse incerto venceu na final.

Vive o Sol afastado do seu luar,
Na junção dos astros a decadência,
Essa triste alma que se propôs voar,
Escolhe viver com sua consciência.

Mundo incerto de promessas de amor,
Sem a solidez, tudo se desvaneceu,
Apagado o fogo, perdeu fervor,
E o verdadeiro amor prevaleceu.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 18 de maio de 2017


O AMOR SOU EU

No sonhar, faço a cama do desejo,
Na noite de ternura que me deito,
Sei-me teu, na doçura de um beijo,
Nesse acariciar suave do teu peito.

Sem querer ser dono desse sonhar,
Neste meu corpo sinto o teu calor,
O hálito doce do teu beijar
 E aquela fresca brisa desse amor.

Nocturnos silêncios que me inspiram
E que reparam todo o sentimento,
Dos dois corações que assim respiram
Essa doce brisa do suave vento.

Neste amanhecer de alma solitária,
Com o sonho doce que não se deu,
Acorda o corpo para a labuta diária,
E nessa solidão, o amor sou eu.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 17 de maio de 2017


FAMÍLIA

Em todo o lado,
Por todo o lado,
Existe uma família.
Dela surgimos e crescemos
Sentimos emoções,
União,
Desunião,
Calor ou frigidez.
Para uns, apenas a mãe.
Para outros, somente o pai.
Há quem só tenha avós
E há quem não tenha protecção.
Família não é um grupo de parentes,
Não é só consanguinidade,
É acima de tudo, pura amizade,
Simpatia e comunhão de ideias.
Apesar de ser o lar das diferenças,
A família é assim…
Uns são tristonhos e outros risonhos,
Uns são exibidos, outros inibidos,
Há quem seja palrador em contraste com o mudo,
Há quem oiça de mais e há quem seja surdo
Mas é sempre porto de abrigo,
Lugar de acolhimento,
Quando surgem na vida, as dificuldades.
E família
É isso mesmo…
… Protecção.
Uns têm!...
Outros não.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 16 de maio de 2017


NADA É ETERNO

No meu sonho, um anjo falou:
- Nada é eterno!...
Com espanto interroguei:
- O quê?
O anjo repetiu:
- Nada é eterno!...
O Sol, o mar, as estrelas,
Tudo um dia desaparecerá
E este Mundo,
Deixamos de o ver
Tal e qual como ele é agora.
 Ao acordar,
As palavras do anjo não saíam da minha cabeça.
O Mar,
As estrelas,
O sol
E principalmente a vida,
Nada é eterno.
Durante todo o dia,
Senti um vazio dentro de mim.
Se nada é eterno,
Porque nasci?
Porque nascem os seres vivos?
Será o planeta também um ser vivo?
Com tantas interrogações,
 Chegou a noite
 E com este pensamento adormeci.
No meu sonho, o anjo falou:
- Nascemos para morrer
 E até o planeta um dia morrerá.
Nada é eterno…
Com aflição perguntei:
- Então o amor?
- O amor é um cofre onde se deposita a dor,
Como tudo, nada é eterno…
E o anjo não mais falou.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 15 de maio de 2017


DARQUE

E o lima que fronteira com Viana traça,
Manto de formosura da Natureza,
Nesse colorir do horizonte, mostra a graça,
Da vila que no Minho mostra a beleza.

Chamaram-lhe Darque, terra de donzelas,
No deslumbre da beleza, o traje vestido,
No rosto, as emoções fortes e singelas,
Naquele gesto que forma todo o sentido.

No primórdio do País fez sua história,
Entre tochas de uma viela iluminada,
Aos invasores, impôs sua vitória.

Na areia escondeu tesouros procurados,
Reza a lenda da bela cruz enterrada,
Que escondeu dos franceses, com seus legados.

Carlos Cebolo
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sexta-feira, 12 de maio de 2017


DESEJO HILARIANTE

A bela sereia entoou um cântico de amor,
Sem meditar no gozo que aquela voz promete,
Nas minhas veias o sangue jorrou com fervor,
Com a visão dos belos seios sem o seu corpete.

Apoderou-se de mim, um desejo gritante,
O desejo louco de a estreita-la nos meus braços,
Com os músculos hercúleos da serpente gigante,
Abraça sua presa, fazendo-a em pedaços.

E tocado por essa embriaguez delirante,
Com a força estranha e tamanha de querer amar,
Não se mede esse perigo que o mar espelhava antes.

Quisera ficar também assim enternecido,
Entre fantasmas e febres por sentir o mar
E esse cântico belo da sereia ter ouvido.

Carlos Cebolo
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quinta-feira, 11 de maio de 2017


JARDIM NÃO É DE PEDRA

E raia o Sol nesse jardim,
Dos seios libertos de dor,
Por onde dança a liberdade.
Das sombras sentidas assim,
Nos toques que sorvem o suor,
Cheios de tal felicidade.

Nesse incendiar dos seus segredos,
Dedos tocando a intimidade,
No deslumbre do seu amor,
Acaba com todos os medos,
Nessa dança da eternidade,
Por onde e sente o seu calor.

Sentir o brilho do sorriso
No libertar do doce néctar,
Tocar esse brilho da lua,
Onde a alma abraça o Paraíso,
No deslizar dos dedos, voar
Pelos recantos da pele nua.

Esse jardim não é de pedra,
Embora não existam flores,
Sua melodia é constante.
Jardim que tudo por lá medra,
Será jardim de bons amores,
Mesmo com seu amor distante.

Carlos Cebolo
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quarta-feira, 10 de maio de 2017


PEREGRINO

Sou nesta minha terra peregrino,
Por aqui tracei este meu triste destino,
Quando a terra onde nasci desprezei,
Sem cuidar de tudo que por lá amei.

Quantas vezes também fui desprezado,
Sem dar valor ao belo chão sagrado,
Na terra onde senti grande pureza,
Amando toda aquela natureza.

Quem viu nascer aquele belo arvoredo,
Colheu cores e o seu cheiro em segredo,
Do arco-íris pintado na incerteza,
Vermelha terra de grande beleza.

Da terra vermelha por mim pisada,
Recordando tudo da terra amada,
Procuro libertar-me do passado
E deste futuro para sempre adiado.

Por este mundo, também sou peregrino,
Lembranças que trago desde menino,
Procurando pelo meu chão sagrado,
Na recordação do que foi amado.

Nesta Diáspora da dança e contradança,
Apenas sufoco com essa lembrança,
Onde se renova o corpo envelhecido,
Do infortúnio de por lá ter nascido.

Assim sou neste eterno Portugal,
Dono da estabilidade emocional,
Andando por todo o lado perdido,
Entre muitos, o peregrino esquecido.

Carlos Cebolo
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terça-feira, 9 de maio de 2017


DESPERTAR

Abre a janela da tua alma,
Desperta, corre e agarra a vida,
Da noção falsa de viver,
O que não te perturba, acalma
Essa vida aos poucos sentida,
No sonho todo a apetecer.

Dessa frescura revelada,
Sente na alma a ânsia de viver.
Entre caminhos percorridos,
O tudo querer e não ter nada,
Na vida que se está a perder,
Perturba a noção dos sentidos.

Abre as asas e põe-te a voar,
Sente essa aragem renascer,
Colhendo a flor no seu botão.
Este Maio vai terminar
E sem se dar a perceber,
Desfolha a flor no quente verão.

Carlos Cebolo
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segunda-feira, 8 de maio de 2017



TEMPOS FELIZES

No redemoinho da vida, as pedras dançam,
O lindo mês de Maio, segue os seus passos,
De flor em flor, o encanto das mariposas
E dentro de mim, os sentimentos bailam,
Procurando preencher todos os seus espaços
De versos e rimas cantados em trovas.

A magia deste mês assim florido,
Mostrando essa paisagem da primavera,
Lembra-me a minha infância, quando ficava,
Num Mundo que agora se encontra perdido,
Num consciente retido que desespera
O passado, no quintal onde brincava.

Com toda aquela fértil imaginação,
Tudo servia para fazer um brinquedo
E entre muros de um quintal se imaginava,
Construindo o brinquedo do coração,
Partilhando a amizade sem ter segredo
E todo o arco-íris se desmontava.

Carlos Cebolo
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