DESEJO HILARIANTE
A bela sereia entoou um cântico de amor,
Sem meditar no gozo que aquela voz promete,
Nas minhas veias o sangue jorrou com fervor,
Com a visão dos belos seios sem o seu corpete.
Apoderou-se de mim, um desejo gritante,
O desejo louco de a estreita-la nos meus braços,
Com os músculos hercúleos da serpente gigante,
Abraça sua presa, fazendo-a em pedaços.
E tocado por essa embriaguez delirante,
Com a força estranha e tamanha de querer amar,
Não se mede esse perigo que o mar espelhava antes.
Quisera ficar também assim enternecido,
Entre fantasmas e febres por sentir o mar
E esse cântico belo da sereia ter ouvido.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário