SER CRIANÇA
De repente,
Ponho-me a pensar,
No que a vida nos traz.
Aquilo que se sente,
O querer brincar,
A birra que se faz,
Quando se quer dormir
Um pouco mais,
Mas na cama não pode ficar.
Sem sorrir,
O pranto e os seus ais,
Sair do seio familiar,
Pois os pais têm de ir trabalhar.
Assim é ser criança
No stress da vida que corre
Neste tempo actual,
Neste mundo que avança
Num tempo que morre,
Ou apressa o seu final.
O tempo de brincar,
O tempo de crescer,
Vai ficando diminuto
Com este constante caminhar
Sem ter a questão do querer.
O direito do medo do oculto,
O direito da atenção
O direito de ter seu espaço,
De sentir a vida e de a colorir,
O direito de ter livros e pão
De andar na areia descalço,
Poder pular e sorrir,
Deixou de ser respeitado
Neste mundo actual.
Ser criança será desejado,
Se a criança for como tal.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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