CRIANÇA
Ouve-se esse teu grito mudo,
Procurando protecção,
Ecoa o grito no mundo,
Na espera por compaixão
Não chamam pelo teu nome,
Nome que nunca tiveste,
A fome que te consome,
De cinza e negro se veste.
Não deixas de ser criança,
Na pobreza desta vida,
Procuras pela esperança
De um dia ser merecida.
Escrevem-se os teus direitos,
Esquecem-se os desenganos,
Aumentam-se os preconceitos,
Desses pobres seres humanos.
Não ter côdea para comer,
Do pão não sentir sabor,
Procuram assim viver,
Com aquela água de outra cor.
Ter como presente a vida,
Com a morte sempre por perto,
Com essa maldição sentida,
Sempre com destino certo.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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