DEPOIS DE APOLO
Apolo segue o seu curso diário,
A noite que baixa nos pertence.
Tudo tem seu lugar e certa a hora,
O ardor que alimenta o imaginário,
Só mesmo Apolo assim o consente,
Mesmo depois de ter ido embora.
À noite, junto ao rio choramos,
Colhendo flores nesse teu jardim,
Entre as heras que me atormentam.
Meu e teu, são nomes que juntamos,
Como a rosa se junta ao jasmim,
Nesse jardim onde se alimentam.
Esses deuses inventam conjuntura,
Depois de Apolo deixar seu curso
E as flores que nascem assim morrem,
Sem ter a luz nessa noite escura,
Seguem sua dor nesse percurso,
Onde os amores também se consomem.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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