ALVORADA- PECADO DE UM SER
Com clarim, cantou-se alvorada,
Vibra o grito numa ânsia ciente,
De um Portugal sem universo,
Na nostalgia da desgraça,
A saudade que o povo sente,
Desse mundo agora disperso.
Quem nos roubou a alma da glória?
Quem entre heróis, forjou distância?
Qual a magia utilizada,
Para se deixar de cantar vitória,
Sem os olhos de fé ou de ânsia,
Que outrora serviu de alvorada.
O pecado ou crime de um Ser,
Em alvíssaras do coração,
Que dantes fora provocado,
Foram sonhos para se esquecer,
Essa tão vil provocação,
Que em inocentes foi praticado.
Netos e bisnetos sem ter,
Qualquer anterior ligação,
Na escravatura praticada,
Sentiram seu destino a arder,
Dispersos da sua função,
Fora da terra desejada.
Nessa indefinição da culpa,
Traçou-se a miscigenação,
De um povo na união secular,
Com o seu futuro visto à lupa,
Entre sorrisos e emoção,
Sempre aquele eterno sonhar.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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