SOLDADO DA PAZ
Desfaço as malas nesse desengano,
Em coisa nenhuma serei mártir,
No perder dessa visão imediata.
Ser o soldado da paz lusitano,
Com essa desventura num sorrir,
O som infernal dessa serenata.
São verdadeiros heróis nacionais,
Combatem o flagelo da desgraça,
Vazio de um dever sempre cumprido.
Os louros ficam para os imortais,
Não para quem oferece a vida de graça,
Nesse dever que a poucos faz sentido.
Soldados da paz, vida desgastada,
A quem é negado todo o valor,
Em comemorações não são lembrados.
O constante da guerra declarada,
Com quem procura infringir grande dor,
Sem sentir os seus valores confirmados.
Qualquer político ganha em excesso,
Pouco ou nada fazem pelo país,
Quem perde a vida nesse seu dever,
Tudo fazendo para o seu sucesso,
Ganha pouco, menos que um aprendiz,
Filho de quem se julga com poder.
Carlos Cebolo
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