1º DE MAIO
Pasmo de mim, escuto a hora que chora,
Estendendo as mãos para além do que vejo,
No sentir e ver, sem ver o que desejo,
Naquele momento que anseia agarrar a hora.
A onda de recuo que invade o trabalho,
Impede essa tolerância então sentida,
Viciando as principais cartas do baralho,
Com que esta vida se vestiu distraída.
O mudo grito de um cântico estagnado,
Na antiguidade de um forte sentimento,
Pensa o trabalhador, não ser desejado.
Nos silêncios futuros de um balouçar,
Não vê chegada a hora, nem esse momento,
Da esperada liberdade vir a alcançar.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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