De Moçâmedes gosto tudo
Da linda praia ao deserto
Do meu pensar pouco mudo
Por ter um destino certo
Cidade dos meus encantos
Sem nunca esconder os prantos
Da gente que lá viveu
E do amigo que desapareceu
Muitos amigos dispersos
Por todo o Mundo distante
Em Portugal e na Austrália estão
Lembrando sempre com versos
O mar e o deserto amante
Trazendo Angola no coração.
Namibe é o belo, insisto
Seu nome é uma canção.
Procuro esquecer, mas insisto
Numa bela recordação
De Moçâmedes e seu distrito,
Que trago no coração.
Do deserto seco e ardente
Recordo a linda Welwitschia
Planta exótica presente
Que só naquela terra nascia
Moçâmedes sempre consente
Elogios que então merecia
Das gente que tem por legado
Aquele belo chão sagrado.
A zebra e a bela gazela,
Habitantes do deserto.
Também foram refugiados
Deixando a terra bela,
Com um destino incerto,
Para ficarem salvaguardados
À Namíbia fugiram então
Levando Angola no coração.
Das furnas ao porto mar
Tudo tinha ligação
Só a não consegue amar
Quem não tem recordação.
Moçâmedes Mar e Março
Todos temos recordação
Para o Namibe um abraço
Com o calor do coração
Giraul e Saco Mar
Guardavam a sua entrada
Sainda para o Tombua
Também cidade amada
Porto Alexandre o nome dado
Ao Tombua com emoção
Pelo português sempre amado
Que traz Moçâmedses no coração.
Ao deserto o mar uniu
Com grande habilidade
Uma bela cidade surgiu
Mostrando haver igualdade
No deserto e no belo mar.
Colhendo a identidade.
Cabeça de Pungo Chamado
Aos habitantes da cidade
Título por nós muito amado
Não olhando à identidade
De quem assim nos chamou
Por muito que ela amou
Moçâmedes terra bendita
Fez jus à sua fama
Terra de gente bonita
Toda Angola declama.
Mulheres lindas lá estão
Gente que muito ama
Trás Namibe no coração.
Carlos Cebolo
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