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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

LUAR ANGOLANO



A lua redonda nasce no céu limpo.
As nuvens não fazem a sua aparição.
A alma voa como se estivesse no limbo
E o coração sofre com a recordação.

A noite africana é sempre quente,
Como quente é o fogo que arde em nós,
Lembrando a vida sofrida daquela gente.
Irmãos de sangue que não tinham voz.

Com pele da cor do carvão,
Considerados seres sem alma,
Procuravam sempre em vão,
Manter a impressionante calma.

No país estranho chegados,
Descarregados como animais,
Eram comprados como gado
Por quem por eles pagava mais.

Sangue africano sofrido,
Espalhado por toda a parte,
É hoje um poema lido,
Mostrando todo o engenho e arte.

Um povo que a todos reclama,
Um pouco por todo o Mundo,
Valores dos filhos que ama,
Esquecendo um passado imundo.

A brilhante lua cheia africana,
Em Angola ou na outra costa,
Acolhe sempre quem ama,
Não esquecendo quem dela gosta.

Angola é a minha terra,
Portugal a minha Nação,
A liberdade em mim é eterna,
E trago paz no Coração.

Angola é dos angolanos,
Pele escura pois então!
Angolanos de outros anos,
Brancos que já lá não estão.

Minha terra linda e triste,
Angola do meu coração.
O bom povo já lá não existe,
Mas de longe estendem a mão.

Estendem as mãos à linda e quente terra,
Sem se importarem com o povo que nela vive,
Trazem no coração uma grande dor eterna,
Mas é noutras terras que se sentem livres.

Livres de pensar e de sentir angolano,
Clima quente e águas mornas deixam,
Encontram águas frias todo o ano,
E da falta de calor da terra queixam.

Carlos Cebolo

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