Gosto de Angola e ponto final.
Gosto de Angola que conheci,
Gosto de Luanda a capital!
Gosto da terra onde nasci.
Da terra vermelha me lembro,
Nos sítios por onde andei.
Uige, Malange e Bengo,
Carmona, Caxito amei.
Zaire, Cabinda, Luena,
Terras de Angola também.
Terra de gente morena,
Alegres como ninguém.
Huambo, Benguela, Lobito,
Terras da gente angolana.
O Mundo ouve o grito,
Da grande dor africana.
Gosto de Angola num todo,
Conjunto perfeito para amar.
Gosto da lama e do lodo,
Dos rios, ribeiras e mar.
Ondjiva, Luena, Menongue,
Terras lindas do interior.
Onde o Sol também se esconde,
Com medo do grande Calor.
M’Banza Congo é chamado,
De Salvador português.
Lembrando o seu passado,
E a luta que ali se fez.
N’Dalatando terra de fé,
Com homens de barba dura.
Onde se cultivava café,
Semente de grande amargura.
Amargura não no sabor,
Que a bela fruta trazia,
Por lá se sentiu o horror,
Da luta que o povo temia.
Malange, Locapa, Saurimo,
Terra de grandes amantes.
Locais que muito estimo,
Riqueza dos diamantes.
Kuito, Sumbe, Caála,
Terras de Angola são.
Aqui recordo Bibala,
O meu preferido cantão.
Tombua, Namibe, Lubango,
E tudo recordo então.
Sem esquecer o Cubango,
Cuanza, Cunene, que são,
Rios que Angola tem.
País que amo tanto.
Igual admito também!
Haver um tamanho pranto.
Cuca era a nossa cerveja,
Gosto de Angola natural.
Da nocal não há quem veja,
Produto também nacional.
Assim como era Sbell,
O nosso whisky também.
Cheirando a flores e mel,
O cheiro que Angola tem
N’gola a cerveja local,
Também boa bebida.
Não fazia nenhum mal,
E dava ânimo à vida.
Eka a loira tropical,
Também lá era bebida.
Às maçãs da humpata,
A bela água juntou.
Nasceu a carbo cidral,
Bebida que a sede mata,
Às gentes que muito amou,
A quem não quer nenhum mal.
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