Acerca de mim

A minha foto
Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

QUINTAL DO RETORNADO




Canto o que me vai na alma com dor,
Lembranças de um passado glorioso.
E do desassossego da alma que sinto,
Inalando o inúmero e delicioso odor,
Das desventuras vividas sem gosto,
E das aventuras vividas não minto.

O intenso cheiro a nocha madura,
Que se sente ao descer a chela,
Lembra saudades então vividas,
Imagem que para sempre perdura,
Com um forte travo a maboque e
                                         Canela
Lembranças para sempre perdidas.

Canto a dor que sinto perdida,
Que vagueia no meu interior.
Lembro percursos percorridos,
Com uma dor há muito sentida.
Pela selecção feita sem rigor
Afastando os seus filhos mais
                                   Queridos.

Angolanos são todos os que lá
                                Viveram,
Sem distinção de cor e raça.
Brancos, mulatos e negros são,
Filhos da terra onde nasceram.
Longe da pátria vivem sem graça,
Sempre prontos a estender a mão.

Ao gosto da amora silvestre,
Procuram outros sabores.
Sabores de Angola encontrados,
De outra roupagem se veste,
Procurando os mesmos odores,
Nos quintais dos retornados.

É esta a nossa grande vivência,
Nestas terras de Portugal
Lembrar Angola para sempre,
Deixando à sua descendência,
Como triste prenda de Natal,
O sofrimento da sua gente.

Carlos Cebolo

Sem comentários:

Enviar um comentário