Sinto o perfume suave,
Doce lembrança tem,
Que adoça com o seu aroma
O ar que do Norte vem.
Com ele trás a maldade,
Do movimento infiel,
O povo que casas arromba,
Não respeitando ninguém.
A chuva cai de mansinho,
Troteando a sua balada.
Toca a terra com carinho,
Cheirando a terra molhada.
O cheiro tão doce que agrada,
Misturado com fruta madura,
Trás também à sua guarda,
Homens de pele escura.
Destruem com as suas armas,
O muito que por lá se fez.
Pedem agora com calma,
Que volte para lá outra vez.
O que roubaram já está a acabar,
Queimaram o que lá foi deixado.
Esperam agora roubar,
O que para lá for levado.
A chuva cai persistente,
Molhando o mais incauto.
Choram os que agora sentem,
Gritando justiça bem alto…
Justiça não há quem faça,
Ao povo que de lá veio.
De gente que renega a raça,
Está este Portugal cheio.
Foram nossos governantes,
Destruíram o ouro deixado
Que o tempo da outra amante,
Aqui deixou colocado.
Homem rico, morreu pobre,
O povo ficou desgraçado.
De riqueza já não se cobre,
O tesouro amealhado.
Enriqueceu o país inteiro,
E o povo que muito amou.
Políticos ficaram ricos,
Deixaram o país na miséria,
No exterior possuem sem risco,
Em offshore a nossa miséria
O povo que pague a crise
È para isso que serve
A troika para isso exige
Tudo que o povo não deve.
O rico está bem guardado,
A sua fortuna também…
É este o nosso legado,
Trabalhar como ninguém!...
E ficou tudo acabado!...
E ficou tudo acabado!...
Carlos Cebolo
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