Mãe triste não fiques só,
Pensando nos filhos teus.
A dor recorda com dó,
E graças dá-las a Deus.
Por teres saído com vida,
Do tormento que te criaram.
Verdade então bem sofrida,
Mentira que te pregaram.
A luta que não era tua,
A ti te impuseram também.
A verdade nua e crua,
Da guerra que o Mundo tem.
Liberdade então sentiste,
Como refugiada distante.
O que era teu não existe,
Perdeste o teu diamante.
Diamante não é pedra não,
È o fruto do teu trabalho.
Que por lá foi deixado em vão,
Estrada, caminho, atalho.
Que por lá foi percorrida,
Na juventude que passou.
Riqueza então perdida,
Na terra que sempre amou.
Maior riqueza é o tempo,
Que por lá, foi passado.
Amigos eu relembro,
Tudo que lá foi deixado.
Mãe triste não chores mais,
Seca as lágrimas do rosto.
A terra que lá deixaste,
Já não tem o mesmo gosto.
Tenta esquecer o amado,
Iludindo o pensamento.
Recorda pois o passado,
Como um grande momento.
Carlos Cebolo
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