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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

RETORNADO



Eu canto o que tenho na alma,
Lembrando as coisas antigas.
Escrever é que me acalma,
A ira da terra perdida.

Procuro lembrar o passado,
Vivido com muita alegria.
Recordação não é pecado!
È a tristeza que se cria….

Filho da terra nascido,
Angolano pois então!...
Recorda o tempo perdido,
Vivido com tradição.

Tradição da nossa gente,
Apenas lá se vivia.
São coisas que o povo sente,
Comunhão que lá havia.

Não havia a distinção,
Por crença ou social.
Amar a mesma Nação,
Sentimento por igual.

Angola no coração!...
E Lembrando Portugal!
País e sua Nação,
Agora não tem moral.

Desprezou os filhos seus,
Saídos do além-mar.
Confiança se perdeu.
Nas gentes do Ultramar.

Gente que fez Portugal,
Grande entre os seus pares,
Tratados como o mal,
Vindo de outros mares.

Acolheu como igual,
Os tais que nada fizeram.
Vieram p’ra Portugal,
Os que agora imperam.

Da Europa saíram então,
Políticos de fraca monta.
Tomaram conta da Nação,
Engrossando a sua conta.

De comboio vieram então,
Sem pompa e grande emoção.
Fizeram a revolução,
Tramando pois a Nação.

Sem ter grande conhecimento,
Entregaram suas colónias,
À Rússia como pagamento,
Proclamando grandes vitórias.

Portugueses esquecidos…
Que em África estavam,
Vieram p’ra cá perdidos,
E espalhados ficavam.

Retornados fomos chamados,
Preconceito de maldade.
Para sempre serão lembrados,
Como grande irmandade.

A África que nos uniu,
É fonte de grande saudade.
Da gente que de lá partiu,
Trazendo nacionalidade.

Carlos Cebolo




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