Avestruz porque corres tu!
Por esse deserto sem fim?
Não és nenhum canguru,
Para corres assim!...
No deserto és rainha,
E vês o tempo passar.
Angola também é minha,
Linda terra sem ter par.
O deserto do Namibe,
É terra p’ra se amar.
O cunene lá se exibe,
Na sua corrida p’ro mar.
Avestruz acompanha a corrida,
Com suas penas ao vento,
Por lá procura a comida,
Com o seu olhar atento.
Procura também o povo,
Que em tempos lá viveu,
Encontrar gente de novo,
Como no tempo que nasceu.
O povo já lá não está,
Para lhe dar de comer,
Do pouco que há por lá.
Procura sobreviver,
Com o que o deserto dá.
Sabe o que tem a tremer,
Se o povo não voltar,
Para o deserto reviver.
Sem mais ninguém p’ra amar,
A avestruz vai morrer!...
Carlos Cebolo
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