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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

CULTURA AFRICANA – MUFICO E KWENGE (Preparação dos jovens para a idade adulta)



Ouve-se o batuque alegre lá na sanzala!
Os mais velhos preparam a grande festa.
O céu esta estrelado e a lua parece de
                                                     Prata.
Num canto da aldeia ergue-se uma alta
                                                   mutala.
Está tudo preparado esperando a hora
                                                     certa.
De cada lado da mutala está uma cubata.
Os tocadores de batuque ensaiam o som.
O povo da sanzala com o macau está
                                               frenético.
Homens e mulheres falam em voz alta,
Todos esperam o homem que nasceu com
                                                    um dom.
Ser curandeiro é ter um dom muito benéfico.
O curandeiro conhece as ervas da mata,
Ele conhece o remédio, o mau! e o bom!
A cubata do lado esquerdo da mutala tem
                                                         flores,
A outra, uma fogueira com muita cinza.
No meio, está outra fogueira com uma panela
                                                             a ferver.
As raparigas, com medo, adivinham os horrores,
Dos costumes de um povo ranzinza.
Mutilar a mulher de um órgão de prazer,
É costume bárbaro antigo que em África está.
Raparigas vão para a cubata da esquerda,
Acompanhadas por velhas mulheres
                                               Sisudas.
Os rapazes vão para a cubata da direita,
Com os olhos brilhantes à procura de
                                                 Ajudas.
Ouve-se o batuque com música perfeita,
Que abafa o grito dos rapazes e raparigas,
Que nas cubatas sofrem a rude circuncisão.
São coisas de culturas africana antigas,
Que o Mundo procura acabar em vão.
Se nos rapazes a circuncisão é aconselhada,
Pratica usada nos países que civilizados são,
Já na rapariga é estigma de mulher humilhada,
Não se vendo aqui qualquer perdão.
As feridas são curadas com cinza quente,
E com ervas que só o curandeiro conhece.
Pois de um grande período ausente,
Rapazes e raparigas aparecem em público.
Elas enfeitadas a rigor, com missangas e véu,
Seios à mostra, corpo brilhante com aspecto
                                                           Pudico.
Eles cobertos de cinza e palha na cabeça em vez
                                                             de chapéu.
É assim a cultura africana, costumes da nossa
                                                                  Terra.
A mufico passeia pelas ruas das vilas do branco.
Jovem alegre mostra assim, estar pronta para amar.
A maioria desconhece o que passou e a dor do seu
                                                                      Pranto,
Para lhe verem a cara, um presente em dinheiro vão
                                                                             Dar.
É mulher jovem, bela de alma e corpo cobiçado,
Percorre as ruas acompanhada por familiar atento.
A família feliz, procura receber o que lhe é dado,
Produto que vai aumentar o seu fraco sustento!...

Carlos Cebolo



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