CHUVA DA ALMA
Nuvem negra do pensar,
Que ondula nesse céu suave,
Como o cantar da bela ave,
Ouvindo o vento passar.
Nesse eterno caminhar.
Tão doce como o chover,
Em dia de sol radioso,
Negro no seu padecer,
O passeio vagaroso,
Que se torna doloroso.
Passear entre o azul do céu
E levando água ao seu moinho,
Neste jardim meu e teu,
Onde me encontro sozinho,
Esperando o teu carinho.
E negra fosse minha alma,
Bendita na natureza,
Sem de nada ter certeza,
Do bem e do mal que acalma.
Peso enorme, vida breve,
Dentro de mim escondido,
A dor, que alguém a leve,
Antes do corpo perdido.
Girar da força, razão,
Que endireita já rijo leme,
Triste e pobre coração,
O velho corpo que treme,
Por já não ter condição.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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