CONTADOR DE
SONHOS
Quando sou chamado a escrever versos,
Ou quando a minha alma assim se dispõe,
Escrevo no papiro da memória o sentimento
Que no ar andam dispersos,
Quase sempre à hora que o rei se põe,
Lá nos confins do firmamento.
Os que lêem os meus versos,
Para me agradar, chamam-me poeta,
Nestes momentos controversos,
Onde o Mundo se sente alerta,
Na vanguarda dos sentimentos,
Ao atravessar os tristes momentos,
De uma vida que tem a morte por certa.
Não passo de um contador de sonhos,
Que pelas frias mãos das estações,
Procura o norte da vida real,
Que faça os dias sombrios mais risonhos
E acabe com todas as confusões,
Duma mente que não encontrou o seu ponto cardeal.
Sem ambições, mas com desejos,
Ser poeta não consta deles,
Como os meus lábios não vivem de beijos,
Nem tão pouco procuro por eles.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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