TERCEIRA IDADE
Ossos nus, cobertos por uma pele enrugada,
Mostram tempos passados de outras vidas,
Que na juventude foi por todos, muito amada.
Força de esperança e alegrias sentidas,
A mulher velha que agora descansa só,
Foi testemunha constante de outras lidas,
Como mulher amante, mãe e também avó.
Hoje, sem forças, vive dias de solidão,
Sonhos passados e também vividos,
Amando os seus sem qualquer condição,
É agora esquecida pelos seus queridos.
A velhice que deveria ser compensada,
Como sabedoria por todos partilhada,
É considerada inútil por nada poder fazer,
Mas com vontade de querer e não poder.
Velhice não é doença maligna!
Que se procura evitar a todo o custo.
É sinal de ter tido uma vida digna,
É prémio compensador por ter sido justo(a).
O Mundo devia olhar para o seu idoso(a),
Não ver nesses cuidados qualquer custo,
Tratar o seu ancestral amigo com gosto.
Aprender com ele toda a sabedoria
Doutros tempos vividos com a recordação,
Testemunhos de uma velhice merecida,
E daí tirar a benéfica grande lição.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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