SUDÁRIO
Na vitrina duma capela qualquer,
Em Roma ou fora dela,
Um pouco alvo lençol de linho,
Mostra o que se ver, quer.
Centro daquela cidadela,
Outrora palco em desalinho,
Culto pagão do Império,
É hoje visto com carinho,
O poder de grande mistério.
Em linhas de acre cor traçado,
Na ternura daquela imagem
Trespassada pelo sofrimento,
O milagre desejado
De tão fina linhagem,
Que no Mundo marcou o momento
Da mudança que fez renascer,
A esperança sem o sofrimento,
De quem por nós, quis morrer.
E de espinhos se traçou o caminho,
Do homem Deus no seu querer,
O Nazareno se fez senhor.
Mostrando ao Mundo o carinho,
Combatendo com a fé, o poder,
O Ódio, transformou em amor.
Caminho à nascença traçado,
Sentiu na cruz a sua dor
E no lençol de linho, ficou marcado.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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