SUAVE PERFUME
Sempre aquela angustia sentida no olhar,
Aquele medo que o sonho implantou na mente,
O receio de se libertar e amar,
Como ingénuo sonhador que se faz crente.
Madrepérolas que rolam pelo rosto,
Tocam suave seu lábio húmido e quente,
No sentir do medo que forma o desgosto,
Entre espasmos duma agonia recente.
Medo que se agiganta na realidade,
Daquele sonho vivido e ainda desperto,
Na mente de quem atravessa o deserto.
Deserto da vida sem ter liberdade,
Deixa escapar um murmúrio de queixume,
Sem sentir no amor, aquele suave perfume.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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