CALMA TEMPESTADE
Jaz o mar na sua calmaria,
Gemem no segredo, os calmos ventos
Cativos naquela noite fria,
A noite de todos os sentimentos.
Neptuno dorme no seu sossego,
Envolvido em sonhos de magia,
E eu neste desassossego nego,
Amar-te nesta hora já tardia.
A minha alma voa ao teu encontro,
Embalado nessa calmaria,
Que a refresca e solta do seu antro,
Trazendo-lhe um pouco de alegria.
Surgiu o vento no seu lamento,
Neptuno acorda de mau humor,
Fustiga as ondas no seu tormento
E minha alma solta a sua dor.
Rápido, regressa ao seu astral,
Esta alma que se pôs a viajar,
Voltou e tudo ficou normal,
Até a vontade de te amar.
Dessa calmaria, à tempestade,
Nem um beijo furtivo roubou,
Nem encontrou a sua liberdade,
Por entre as ondas por onde andou.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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