Naquelas horas em que a insónia avança,
Dominando nesse universo o sono,
Onde a mente se fixa e não descansa,
Da minha alma, deixo de ser seu dono.
Ela vagueia pelo Mundo Orfeu,
Com seus fantasmas nessa noite oculta,
Sem dor ou gozo neste Mundo meu,
Naquela clareza que teima e insulta.
E sempre alheio naquele Mundo estranho,
Sem o descanso daquela fadiga,
Olhar vidrado num esforço tamanho.
Naquela sombra, o delírio da clareza,
Dor e gozo duma vida já antiga,
Que na noite, traduz sua tristeza.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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