DENSIDADE
Na floresta densa as árvores são todas iguais,
Aquele sombrio tom das folhas esverdeadas,
O som vibrante da brisa que deixa seus ais
E aquele cheiro a húmus de uma vida inacabada.
Tudo se assemelha com esta vida desgastada,
Nesta impressão sem nexo, de assim a estar vivendo,
Levando a vida na direcção indesejada,
Onde o pensamento, o seu remorso vai moendo.
Não basta acabar com essa ilusão de um só momento,
Se no presente o passado aparece sorrindo,
No desassossego deste inconstante pensamento.
Traçar rumo na orientação da estrela cadente,
É ir contra a maré num rio que vai subindo,
Nessa floresta densa onde se torna inconsciente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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