TÉNUE ESPERANÇA
Sem estrelas, a noite manteve-se clara na sua tardança,
Ausentei-me do mundo na água etérea e pura dos sentidos,
Nesse amplo frio, onde o corpo se situa sem conforto e
esperança,
No oceano dos desejos com seus gemidos perfumados idos.
Nessa minha pele nua em movimento onde te prendes em
sedução,
Ser faminto e ébrio nessa procura da fonte em ti perdida,
Deliro com ousadia, sentindo em teu fogo, doce vulcão,
No correr de lágrimas, na tristeza da minha despedida.
Se na angústia o teu olhar em pensamento, diz-me que me
amas,
Perdida nesse destino que traz a própria alma sufocada,
Nessa vida que anseias sentir, mas que a ti próprio te
enganas.
Se nesse sentir, o meu perfume lançado se alimenta,
De uma ténue esperança por ti profundamente desejada,
Essa realidade vivida aos poucos, também dela se ausenta.
Carlos Cebolo
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